Acupuntura
08 de Maio de 2025

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Câncer de Ovário: Novas Tecnologias Avançam no Diagnóstico Precoce e Tratamentos Personalizados

O câncer de ovário, um dos tumores ginecológicos mais letais, está prestes a viver uma revolução na forma como é diagnosticado e tratado. Em alusão ao Dia Mundial do Câncer de Ovário, celebrado em 8 de maio, especialistas ressaltam os avanços tecnológicos que vêm transformando a realidade das pacientes brasileiras — mais de 7 mil novos casos são estimados para 2025, segundo o Inca.

Embora represente apenas 3% de todos os cânceres femininos, o câncer de ovário responde por um número expressivo de mortes por causa da dificuldade de diagnóstico precoce. A maioria dos casos ainda é descoberta em estágios avançados, o que compromete as chances de cura.

Tecnologia a favor da detecção e da cirurgia

O ginecologista oncológico Dr. Luiz Lessa, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que novas ferramentas estão ajudando a virar esse jogo. “Hoje contamos com exames como a ressonância magnética multiparamétrica e o PET-CT com 18F-FDG, que são muito mais sensíveis para identificar a extensão do tumor e detectar recidivas”, explica.

Segundo o médico, também há avanços promissores com o uso de inteligência artificial para interpretar exames de imagem, facilitando a identificação precoce de padrões sutis associados ao câncer. Outro destaque é o uso de marcadores tumorais e técnicas de fluorescência intraoperatória com moléculas como o OTL38, que se ligam a receptores específicos de células tumorais, iluminando lesões pequenas durante a cirurgia.

“O interessante é que esse mesmo receptor pode ser alvo de imunoterapias, o que abre caminho para tratamentos personalizados e ainda mais eficazes”, acrescenta o especialista.

Da medicina tradicional à medicina de precisão

Além dos avanços diagnósticos, o tratamento do câncer de ovário está cada vez mais alinhado à chamada medicina de precisão, com quimioterapias individualizadas e terapias-alvo baseadas no perfil genético do tumor. “O futuro já começou. Com essas abordagens, conseguimos reduzir efeitos colaterais e aumentar a sobrevida das pacientes. Estamos falando de um divisor de águas no combate ao câncer de ovário”, finaliza Dr. Lessa.

Com mais acesso à informação e inovações médicas, cresce a esperança de que as estatísticas alarmantes possam, em breve, ser revertidas. A tecnologia, aliada à personalização dos tratamentos, promete oferecer um novo horizonte para milhares de mulheres.

Por Redação Brazil Health

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