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Mães e Depressão Pós-Parto: O Peso Das Cobranças e Das Mudanças Hormonais

25% das mães brasileiras apresentam sintomas de depressão pós-parto, segundo estudo da Fiocruz
 

O puerpério, período que compreende os primeiros meses após o parto, traz uma série de desafios para as mulheres, que enfrentam mudanças hormonais intensas, transformações físicas e emocionais e a adaptação à nova rotina com o bebê. Esse cenário pode aumentar o risco de depressão e ansiedade, comprometendo a saúde mental das mães.

De acordo com a ginecologista Iana Carruego, é essencial que as mulheres entendam que essas mudanças fazem parte de um ciclo natural. “O corpo precisa de tempo para se adaptar após a gestação, e o apoio adequado pode fazer toda a diferença nesse período de transição”, explica.

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que 25% das mães brasileiras apresentam sintomas de depressão até 18 meses após o nascimento do bebê. Entre os principais fatores que contribuem para o quadro estão:

. Alterações hormonais – Após o parto, há uma queda brusca nos níveis de estrogênio e progesterona, hormônios que influenciam diretamente o humor. Essa oscilação pode desencadear sintomas depressivos.

. Privação do sono – A exaustão causada pelas noites mal dormidas e a demanda constante do bebê contribuem para o desgaste físico e mental da mãe.

. Deficiências nutricionais – Baixos níveis de ferro, vitamina D e ômega-3 podem afetar a estabilidade emocional e o equilíbrio hormonal.

A importância do acompanhamento psicológico

O suporte profissional é essencial para o enfrentamento da depressão pós-parto. O acompanhamento terapêutico ajuda a mulher a entender e processar as mudanças dessa fase, prevenindo o agravamento do quadro. O tratamento pode incluir terapia individual, acompanhamento familiar e, em casos mais graves, orientação psiquiátrica com o uso de medicação, sempre com supervisão médica.

“É fundamental normalizar o tema e incentivar o acesso à informação sobre saúde mental materna. Buscar ajuda, mesmo preventivamente, pode evitar complicações e garantir um pós-parto mais saudável e equilibrado”, ressalta a Dra. Carruego.

Ao reconhecer as dificuldades e investir no suporte emocional e psicológico, a maternidade pode ser vivida com mais tranquilidade e consciência, beneficiando não apenas as mães, mas também o ambiente familiar e o desenvolvimento do bebê.

Por Redação Brazil Health