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Alergia a Gatos: Mitos, Verdades e Estratégias para Conviver com a Condição

A relação entre humanos e gatos é repleta de carinho, mas para algumas pessoas, a alergia pode ser um desafio. Segundo a Allergy UK, entre 10% e 20% dos adultos ao redor do mundo sofrem com reações alérgicas aos felinos. O problema, no entanto, não está nos pelos, mas na proteína Fel d 1, presente na saliva, glândulas sebáceas e secreções dos gatos, que se espalha pelo ambiente e pode desencadear sintomas como espirros, coriza e até dificuldades respiratórias.

Apesar do desconforto, a convivência entre alérgicos e gatos não é impossível. A bióloga Julinha Lazaretti explica que adotar estratégias para reduzir os alérgenos no ambiente pode permitir que muitas pessoas mantenham seus pets sem comprometer a saúde. A especialista esclarece mitos e verdades sobre a alergia a gatos e como torná-la mais controlável.

Mito ou verdade?

1. Gatos sem pelo não causam alergia → Mito

Embora muitos acreditem que raças como o Sphynx, que não têm pelo, sejam seguras para alérgicos, isso não é verdade. A Fel d 1 continua sendo produzida, e embora se espalhe de forma diferente, o contato com o gato e seus resíduos pode desencadear reações. “O alérgeno está na saliva e secreções do gato, não apenas no pelo. Assim, mesmo um gato sem pelos pode causar sintomas”, esclarece Julinha.

2. Com o tempo, a alergia pode diminuir → Mito

Algumas pessoas acreditam que a exposição contínua pode tornar o corpo “mais resistente”, mas a realidade é que a alergia pode se manter estável ou até piorar. Segundo a especialista, o sistema imunológico continua reagindo ao alérgeno, podendo intensificar os sintomas com o tempo. “O melhor caminho é minimizar a exposição e buscar acompanhamento médico”, alerta.

3. É impossível conviver com a alergia a gatos → Mito

Mesmo pessoas alérgicas podem ter gatos, desde que adotem medidas para reduzir os alérgenos no ambiente. Produtos específicos, como soluções acaricidas e banhos a seco com ingredientes naturais, podem ajudar a controlar os sintomas.

“Higienizar o pet regularmente e manter o ambiente limpo são estratégias fundamentais. Além disso, existem produtos que reduzem a presença de ácaros e outros alérgenos no pelo e na pele do animal”, destaca Julinha.

Dicas para alérgicos que querem conviver com gatos:

. Mantenha a casa bem ventilada e limpa, utilizando aspiradores com filtro HEPA para reduzir partículas alergênicas no ambiente.

. Dê banhos secos no gato com loções específicas que reduzam os alérgenos sem ressecar a pele.

. Evite que o gato tenha acesso ao quarto do alérgico, reduzindo a exposição ao alérgeno durante o sono.

. Consulte um alergista para avaliar possibilidades de tratamentos, como imunoterapia.

Apesar dos desafios, a convivência entre gatos e pessoas alérgicas pode ser possível com os cuidados adequados. A chave está na redução dos alérgenos e no acompanhamento médico correto.

Por Redação Brazil Health