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Mordidas de Cães e Gatos Podem Causar Infecções Graves e Exigir Cirurgia
O carinho pelos animais de estimação nem sempre é retribuído da forma esperada. Mordidas de cães e gatos, mesmo que pareçam superficiais, podem causar infecções severas, lesões em nervos e tendões e, em muitos casos, exigem até cirurgia — principalmente quando afetam a mão, região com estruturas delicadas e expostas. O alerta é da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), que acompanha o aumento de acidentes desse tipo em todo o país.
Mãos: as mais vulneráveis
Ao tentar acariciar ou se defender de um ataque, as mãos geralmente são as mais atingidas. “As mordidas podem rasgar músculos, perfurar nervos e comprometer movimentos e sensibilidade. Além disso, a boca dos animais abriga microrganismos capazes de gerar infecções graves em pouco tempo”, explica o Dr. Rui Barros, presidente da SBCM.
Em Loanda (PR), por exemplo, uma mulher de 59 anos precisou passar por cirurgia após ser atacada por um pitbull que invadiu sua casa. Já em Santos (SP), uma gestante caiu ao tentar proteger seu cachorro de dois cães de grande porte.
Felinos também oferecem riscos
Muitas pessoas subestimam os riscos de mordidas de gatos, mas elas podem ser ainda mais perigosas por atingirem áreas como os dedos e punhos, que têm pouco tecido de proteção. “As lesões podem levar à tenossinovite infecciosa, inflamação grave dos tendões que acomete cerca de um terço dos pacientes com infecção profunda nos dedos”, alerta o especialista.
Outros riscos incluem a chamada “doença da arranhadura do gato”, causada por uma bactéria que pode ser transmitida até por lambidas, com sintomas como:
. vermelhidão, erupções na pele e inchaço
. febre, cansaço e perda de apetite
. sintomas que podem aparecer até 14 dias após o contato
Atendimento rápido evita complicações
Mesmo ferimentos leves devem ser avaliados por um profissional. “Lesões em tendões ou nervos não são sempre visíveis. E o risco de infecção se eleva rapidamente, principalmente nas mãos”, reforça Dr. Rui Barros.
Dica de ouro: respeite os limites do animal
Casos como o do pitbull idoso em Paranavaí (PR), que viralizou após uma ativista usar uma luva presa a um cabo de vassoura para conquistar a confiança do cão, mostram que há formas seguras de interagir com animais estressados ou desconhecidos. Manter distância e agir com cautela pode evitar traumas — para o humano e para o pet.
Em caso de mordida ou arranhão, a recomendação é clara: lave o local com água e sabão, evite pomadas caseiras e procure atendimento médico imediatamente. Prevenção e ação rápida são fundamentais para proteger sua saúde.
Por Redação Brazil Health