Cirurgia do Aparelho Digestivo
13 de Março de 2025

3 min de leitura

Alimentos Estragados: Riscos que Vão Além do Desconforto Gastrointestinal

Comer um alimento contaminado pode causar desde náuseas leves até infecções graves que exigem hospitalização.

O consumo de alimentos estragados pode parecer um problema passageiro, mas dependendo da contaminação envolvida, os efeitos no organismo podem ser severos. O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa alerta que a ingestão de comida deteriorada pode levar a infecções graves, desidratação e até septicemia, quando a infecção se espalha pelo sangue.

Os perigos das bactérias e fungos nos alimentos

Quando um alimento contaminado é ingerido, bactérias e toxinas podem se multiplicar rapidamente no trato digestivo. Algumas das principais bactérias responsáveis por infecções alimentares incluem:

• Salmonella – associada a carnes cruas, ovos e laticínios contaminados.

• Escherichia coli (E. coli) – presente em alimentos mal higienizados, pode causar infecções intestinais graves.

• Clostridium botulinum – encontrada em conservas e alimentos enlatados mal armazenados, pode levar ao botulismo, uma intoxicação grave que afeta o sistema nervoso.

Além das bactérias, fungos podem produzir micotoxinas, substâncias tóxicas que podem causar danos ao fígado e ao sistema nervoso a longo prazo. “Alimentos embolorados, especialmente grãos e cereais, devem ser evitados, pois as micotoxinas não são eliminadas pelo calor, tornando o consumo altamente perigoso”, explica Dr. Rodrigo.

Sintomas que indicam intoxicação alimentar

Os sintomas podem variar de leves a severos, dependendo do tipo e da quantidade de toxinas ingeridas. Entre os principais sinais estão:

. Diarreia intensa

. Cólicas abdominais

. Náuseas e vômitos

. Febre e calafrios

. Desidratação (boca seca, tontura, fraqueza)

Quando procurar ajuda médica?

Embora casos leves possam ser tratados com hidratação e repouso, alguns sintomas exigem atendimento médico imediato:

. Diarreia com sangue

. Febre alta persistente

. Vômitos incontroláveis

. Sinais de desidratação severa, como confusão mental e pele seca

Crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa são os grupos mais vulneráveis e devem ter cuidado redobrado.

Como evitar intoxicações alimentares?

O Dr. Rodrigo Barbosa recomenda medidas simples para evitar o consumo de alimentos contaminados:

. Lavar bem frutas, verduras e legumes antes do consumo.

. Armazenar corretamente os alimentos, respeitando a temperatura recomendada.

. Observar prazos de validade e evitar alimentos com cheiro ou aparência alterados.

. Evitar deixar alimentos fora da geladeira por longos períodos, especialmente em dias quentes.

. Cozinhar carnes e ovos completamente para eliminar possíveis bactérias.

Manter boas práticas de higiene alimentar é essencial para evitar intoxicações e preservar a saúde. Se os sintomas forem graves ou persistentes, buscar um médico rapidamente pode fazer toda a diferença.

Por Redação Brazil Health

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