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Vida Após a Retirada da Vesícula: Recuperação e Mudanças no Corpo
A colecistectomia, conhecida popularmente como retirada da vesícula biliar, é uma cirurgia realizada para resolver diversos problemas relacionados a esse órgão, responsável pelo armazenamento da bile – um líquido essencial para a digestão. Embora pequena, quando a vesícula apresenta complicações como cálculos, inflamações ou pólipos, pode gerar dores intensas e prejudicar seriamente a qualidade de vida.
Segundo o cirurgião geral e especialista em videolaparoscopia, Dr. Ernesto Alarcon, existem duas técnicas principais para a colecistectomia: laparoscópica e aberta. “A laparoscópica é minimamente invasiva, feita por pequenas incisões, permitindo recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória. Já a cirurgia aberta, indicada em casos mais complexos ou inflamações graves, envolve uma incisão maior”, explica.
Quando a cirurgia é indicada?
A colecistectomia é recomendada principalmente em casos de:
. Colecistite aguda: Inflamação intensa da vesícula, geralmente provocada por cálculos biliares.
. Pólipos: Crescimentos que podem indicar risco de câncer.
. Discinesia biliar: Dificuldade de contração da vesícula, causando desconforto constante.
. Câncer de vesícula: Condição rara, porém grave, que requer tratamento imediato.
Como é a recuperação?
A recuperação costuma ser rápida, especialmente na cirurgia laparoscópica, permitindo ao paciente retornar para casa no mesmo dia ou no dia seguinte. É comum sentir dor leve ou moderada nos primeiros dias, controlada com analgésicos receitados pelo médico. Durante as primeiras semanas, recomenda-se evitar atividades físicas intensas.
Quanto à alimentação, nas primeiras semanas é importante consumir uma dieta leve, evitando alimentos muito gordurosos. “Aos poucos, o paciente retoma sua alimentação normal. A adaptação do organismo geralmente é tranquila”, afirma Dr. Alarcon.
É possível viver normalmente sem vesícula?
Sim. A retirada da vesícula não prejudica a digestão de forma significativa, já que o fígado continua produzindo bile, que agora vai diretamente para o intestino delgado. “No início, algumas pessoas podem apresentar pequenas alterações digestivas, como diarreia leve, mas esses sintomas costumam desaparecer naturalmente em pouco tempo”, tranquiliza o cirurgião.
Após a recuperação completa, muitos pacientes relatam grande alívio, podendo desfrutar de uma vida sem dores ou desconfortos antes relacionados à vesícula biliar. “A cirurgia representa, para muitos, um novo começo, livre de limitações e com muito mais qualidade de vida”, conclui Dr. Ernesto Alarcon.
Por Redação Brazil Health