Dermatologia
11 de Março de 2025

3 min de leitura

Peeling Químico: Dicas para um Procedimento Seguro e com Resultados Eficazes

Popular entre os tratamentos estéticos, o peeling químico exige acompanhamento profissional para evitar complicações e garantir bons resultados.

O peeling químico tem se tornado um dos procedimentos mais procurados para renovação da pele, auxiliando no tratamento de acne, manchas, rugas e cicatrizes. No entanto, a escolha do tipo de peeling e a realização do procedimento sem a devida orientação médica podem levar a complicações graves, como queimaduras, hiperpigmentação e até toxicidade sistêmica.

A Dra. Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta que nem todos os peelings podem ser realizados por qualquer profissional. “Dependendo do tipo e da profundidade do procedimento, apenas médicos estão aptos a aplicá-lo. Uma avaliação prévia é essencial para determinar se a pele do paciente está preparada para o tratamento”, explica.

Os diferentes tipos de peeling químico

Os peelings químicos são classificados de acordo com sua profundidade de atuação:

Superficial: remove apenas a camada externa da pele, sendo indicado para acne leve, oleosidade, manchas suaves e linhas finas. Utiliza ácidos como glicólico, salicílico e retinóico em baixas concentrações.

Médio: penetra na epiderme e na camada superficial da derme, tratando rugas mais marcadas, cicatrizes superficiais e manchas profundas. Pode incluir ácido tricloroacético (TCA) em concentrações moderadas e peelings combinados, como o de Jessner.

Profundo: atinge as camadas mais internas da pele, promovendo uma renovação intensa. Utiliza substâncias como Fenol e TCA em altas concentrações, sendo indicado para rugas profundas, cicatrizes evidentes e danos solares severos. Esse tipo de peeling apresenta riscos maiores e deve ser realizado apenas por médicos experientes.

Riscos e cuidados no pós-procedimento

Apesar dos benefícios, os peelings químicos podem trazer complicações se não forem bem indicados ou realizados de forma inadequada. Os principais riscos incluem:

• alterações na pigmentação da pele (escurecimento ou clareamento)

• vermelhidão prolongada

• infecções bacterianas ou virais, como herpes

• formação de cicatrizes elevadas e espessas

Os peelings profundos exigem ainda mais atenção, pois substâncias como óleo de Cróton e Fenol modificado podem ser absorvidas pelo organismo e causar toxicidade sistêmica, afetando órgãos como coração, rins e fígado.

A Dra. Larissa reforça que os cuidados após o procedimento são fundamentais para evitar complicações. “A exposição ao sol sem proteção é um dos principais erros. A pele fica extremamente sensível e pode desenvolver manchas irreversíveis”, alerta a especialista.

Para uma recuperação segura, recomenda-se:

• evitar exposição solar por pelo menos três meses

• usar protetor solar com FPS 50 ou superior diariamente

• aplicar cremes cicatrizantes indicados pelo dermatologista

• não remover crostas que se formam na pele

O impacto das redes sociais na busca pelo peeling

Com o aumento da influência digital, muitas pessoas buscam procedimentos estéticos baseando-se em antes e depois de influenciadores, sem considerar as particularidades de sua própria pele. “O uso de filtros e edições pode criar expectativas irreais sobre os efeitos dos peelings. Nenhum tratamento faz milagres em uma única sessão”, ressalta a Dra. Larissa.

A melhor forma de garantir resultados satisfatórios e seguros é realizar uma consulta com um dermatologista antes de qualquer procedimento. “A escolha do peeling ideal deve levar em conta o tipo de pele, histórico clínico e cuidados pós-tratamento. O planejamento individualizado faz toda a diferença para evitar riscos e alcançar os melhores resultados”, conclui a especialista.

Por Redação Brazil Health

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