3 min de leitura
Psoríase na Infância: Doença de Pele Pode Afetar Autoestima e Rotina Familiar
Doença inflamatória crônica exige atenção desde os primeiros anos
Apesar de ser mais conhecida entre adultos, a psoríase pode se manifestar já nos primeiros meses de vida. Estima-se que entre 25% e 45% dos casos tenham início antes dos 16 anos, e em cerca de 2%, antes dos dois anos de idade. Trata-se de uma doença inflamatória crônica da pele que compromete não só o corpo, mas também o emocional da criança e o dia a dia da família.
“As lesões geralmente são manchas avermelhadas que descamam, mas podem aparecer também como pequenas bolinhas amareladas. Em bebês, o rosto, a área das fraldas e o umbigo são os locais mais afetados. Já em crianças maiores, joelhos, cotovelos e couro cabeludo são as regiões mais comuns”, explica a dermatologista Dra. Adriana Martinelli.
Diagnóstico exige atenção médica especializada
A forma mais comum da doença é a psoríase em placas, que representa uma pequena porcentagem das dermatites infantis, mas pode ser confundida com outras condições como alergias e micoses. “Manchas com descamação em áreas como o couro cabeludo, face, umbigo e genitais devem levantar suspeita. É essencial buscar avaliação médica”, alerta a especialista.
• psoríase em bebês: geralmente aparece no rosto, umbigo e área da fralda
• em crianças maiores: afeta couro cabeludo, joelhos, cotovelos e orelhas
• sintomas visíveis podem provocar vergonha, bullying e isolamento social
Impacto emocional e familiar é significativo
A dermatologista destaca que mesmo quadros leves podem trazer consequências importantes para a qualidade de vida. “Quando as lesões aparecem em áreas visíveis, como mãos e rosto, é comum que a criança sofra estigmatização, o que gera sofrimento emocional. Os pais também enfrentam desafios diários, desde o cuidado até as escolhas sobre o tratamento.”
Tratamento varia conforme a gravidade
Nos quadros mais leves, a recomendação é o uso de cremes tópicos e hidratação intensa. Já nos casos moderados a graves, podem ser necessários medicamentos sistêmicos, orais ou injetáveis, que atuam diretamente no sistema imunológico da pele. “Ainda há menos opções terapêuticas aprovadas para crianças, mas o avanço das pesquisas vem mudando esse cenário”, afirma a médica.
Com diagnóstico precoce, orientação médica e acolhimento familiar, é possível controlar a doença e reduzir seus impactos físicos e emocionais.
Por Redação Brazil Health