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Brasil é o 6º país com mais diabetes no mundo: 16,6 milhões vivem com a doença
O Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de diabetes, segundo a edição 2025 do atlas global da Federação Internacional de Diabetes (IDF), com 16,6 milhões de pessoas convivendo com a doença entre 20 e 79 anos. Os dados mostram um aumento de 5,7% em relação a 2021, com estimativas que indicam 23,2 milhões de casos até 2045.
A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP, alerta que o diabetes tipo 2, o mais prevalente, está diretamente relacionado ao sobrepeso e à obesidade. “A doença pode evoluir silenciosamente e causar complicações graves, como problemas cardíacos, renais, perda de visão e até amputações. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental”, ressalta.
Diagnóstico e sintomas
Mesmo assintomática em muitos casos, a condição pode se manifestar com sinais como sede e fome excessivas, urina frequente, fraqueza, perda de peso inexplicada, visão turva e feridas de difícil cicatrização. “É essencial fazer exames laboratoriais e manter consultas regulares, inclusive com crianças, como forma de prevenção”, reforça a médica.
Tipos de diabetes e novas terapias
. Tipo 1: deficiência na produção de insulina
. Tipo 2: resistência à insulina e/ou baixa produção
. Pré-diabetes: glicose elevada, mas ainda fora da faixa diagnóstica
. Gestacional: alterações durante a gravidez
Para o controle da doença, os avanços médicos incluem insulinas de longa duração e medicamentos modernos que atuam na glicose, emagrecimento e saúde cardiovascular, como os inibidores de SGLT2 (Forxiga, Jardiance) e os análogos de GLP1 e GIP (Ozempic, Wegovy, Monjauro). “Hoje, muitos medicamentos são aplicados uma vez por semana e apresentam resultados significativos”, diz Dra. Elaine.
Tecnologia a favor do paciente
O uso de monitores contínuos de glicose também tem facilitado o acompanhamento da doença. “Esses aparelhos permitem o controle glicêmico em tempo real, sem a necessidade de furar o dedo, e ainda possibilitam o compartilhamento de dados com o médico via aplicativo”, destaca a endocrinologista.
A especialista finaliza com um alerta: “Prevenir ainda é o melhor caminho. Alimentação balanceada, prática de atividades físicas e visitas periódicas ao médico devem fazer parte da rotina de todos, mesmo sem sintomas”.
Por Redação Brazil Health