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Cortisol alto: entenda os efeitos do hormônio do estresse no corpo e como controlar
Conhecido como “hormônio do estresse”, o cortisol é um elemento essencial à sobrevivência. Produzido pelas glândulas adrenais, ele ajuda o corpo a lidar com desafios físicos e emocionais, regula o metabolismo, controla inflamações e mantém os níveis de glicose estáveis. No entanto, quando está cronicamente elevado, pode desencadear transformações importantes no organismo.
Segundo a Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP e metabologista, o aumento excessivo de cortisol pode estar relacionado à síndrome de Cushing — uma condição grave causada pela hipercortisolemia. “Um dos sinais mais visíveis é o inchaço da face, formando o que chamamos de ‘rosto em lua cheia’. Mas esse sintoma é específico de quadros clínicos e não aparece em situações comuns de estresse”, explica.
Quando o estresse deixa marcas no corpo
O hipercortisolismo pode ser provocado por tumores na hipófise ou nas adrenais, uso prolongado de corticoides e outras disfunções hormonais. Entre os principais efeitos no corpo, estão:
. redistribuição de gordura: acúmulo na região abdominal, rosto e parte superior das costas (a chamada “giba de búfalo”)
. alterações na pele: afinamento, surgimento de hematomas e estrias violáceas largas
. atrofia muscular: perda de força e massa muscular
. hipertensão arterial e aumento da glicose no sangue, podendo evoluir para diabetes
. osteoporose: aumento da fragilidade óssea
. distúrbios menstruais e mudanças de humor
. maior suscetibilidade a infecções
“É importante desfazer a visão simplista de que o cortisol é sempre um vilão. Em níveis adequados, ele é fundamental para o equilíbrio do corpo. Só se torna prejudicial quando está persistentemente alto”, pontua a Dra. Elaine.
Diagnóstico e tratamento são individualizados
A especialista alerta que o diagnóstico de hipercortisolismo deve ser feito por meio de consulta médica e exames laboratoriais. “Identificar a origem do problema é o primeiro passo para um tratamento eficaz, que pode envolver desde mudanças no estilo de vida até cirurgia ou medicação, dependendo da causa”, finaliza.
Por Redação Brazil Health