Ginecologia e Obstetrícia
03 de Abril de 2025

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Corrimento Vaginal: O Que é Normal e Quando se Preocupar?

É comum que mulheres em idade fértil notem corrimento vaginal ao longo do mês. Na maioria das vezes, trata-se de uma resposta natural do organismo às oscilações hormonais do ciclo menstrual. Mas, quando há alterações na cor, odor ou consistência, ou surgem sintomas como coceira ou dor, é sinal de que algo pode estar errado.

“O corrimento vaginal é uma resposta natural do corpo. Ele pode variar ao longo do ciclo menstrual. No entanto, quando há mudança no odor, cor, consistência ou surgem sintomas associados como coceira, ardência ou dor, é preciso ficar atenta”, afirma a ginecologista e obstetra Dra. Renata Moedim.

Cinco tipos comuns de corrimento e o que eles revelam

• corrimento branco transparente e sem cheiro: considerado normal, geralmente ocorre durante a ovulação ou excitação

• corrimento branco pastoso com coceira intensa: pode indicar candidíase, uma infecção fúngica comum em períodos de estresse, uso de antibióticos ou baixa imunidade

• corrimento amarelado ou esverdeado, com odor forte: sinal de alerta para infecções como tricomoníase, gonorreia ou vaginose bacteriana

• corrimento acinzentado com odor desagradável (semelhante a peixe): típico da vaginose bacteriana, causada por desequilíbrio da flora vaginal

• corrimento com sangue fora do período menstrual: pode estar ligado a lesões no colo do útero, infecções, pólipos ou até condições mais graves e deve ser investigado

Quando procurar o ginecologista

Segundo a especialista, é importante buscar atendimento quando:

• o corrimento tem cheiro forte ou desagradável

• há mudança na cor ou textura (espumoso, espesso, com sangue ou esverdeado)

• aparecem sintomas como dor, ardência, coceira ou desconforto na relação sexual

• os episódios se tornam recorrentes, mesmo após tratamento

“Nem todo corrimento é infecção, mas toda mulher deve conhecer seu corpo e entender o que é diferente do habitual. O autoconhecimento é a chave para a prevenção”, reforça a médica.

Cuidados diários ajudam a manter o equilíbrio íntimo

A Dra. Renata orienta evitar duchas vaginais, dar preferência a roupas íntimas de algodão e manter a higiene adequada — sem exageros ou uso de produtos agressivos. Esses cuidados simples ajudam a preservar a flora vaginal e reduzem o risco de infecções.

Por Redação Brazil Health

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