Ginecologia e Obstetrícia
24 de Fevereiro de 2025

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Depressão Pós-Parto: Como a Alegria da Maternidade Pode Dar Lugar à Exaustão e Tristeza

Um quarto das mães brasileiras enfrenta sintomas de depressão pós-parto, segundo a Fiocruz. O puerpério, período de adaptação física e emocional após o nascimento do bebê, pode desencadear mudanças hormonais intensas, privação de sono e uma avalanche de cobranças, aumentando o risco de depressão e ansiedade.

A Dra. Iana Carruego, ginecologista, reforça que o corpo precisa de tempo para se reajustar. “As oscilações hormonais fazem parte do ciclo natural do pós-parto, mas quando sintomas como tristeza persistente, irritabilidade e sensação de impotência tomam conta da rotina, é essencial buscar apoio”, alerta.

Os principais gatilhos da depressão pós-parto

. Alterações hormonais: queda abrupta de estrogênio e progesterona pode afetar diretamente o humor.

. Privação de sono: noites mal dormidas aumentam o risco de exaustão física e emocional.

. Cobrança e sobrecarga: a expectativa de ser uma “mãe perfeita” pode gerar ansiedade e culpa.

. Deficiências nutricionais: baixos níveis de ferro, vitamina D e ômega-3 influenciam o bem-estar psicológico.

Apoio psicológico é fundamental

O acompanhamento terapêutico ajuda a mulher a compreender esse novo ciclo e prevenir a progressão do quadro. “A depressão pós-parto não significa fraqueza ou falta de amor pelo bebê. Buscar ajuda médica e psicológica é um passo essencial para a recuperação”, enfatiza a especialista.

O tratamento pode incluir terapia individual, terapia familiar e, em casos mais severos, acompanhamento psiquiátrico com uso de medicação, sempre sob orientação médica.

Rede de apoio e informação fazem a diferença

A desmistificação do tema e a educação sobre a saúde mental materna são essenciais para acolher mães que enfrentam o puerpério. O suporte da família e amigos ajuda a tornar esse período menos solitário e angustiante.

“A maternidade não precisa ser solitária. Criar um ambiente de acolhimento para a mulher e oferecer apoio emocional pode evitar que pequenos sintomas se transformem em um quadro severo de depressão”, conclui Dra. Iana Carruego.

Com acompanhamento adequado e uma rede de apoio fortalecida, o pós-parto pode ser vivido com mais equilíbrio, promovendo saúde mental e um ambiente familiar mais seguro e afetuoso.

Por Redação Brazil Health

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