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Menopausa e Depressão: Entenda Por Que Essa Fase Aumenta o Risco de Sofrimento Emocional
A menopausa é uma fase natural da vida da mulher, mas que pode trazer profundas alterações físicas, emocionais e comportamentais. Com a interrupção definitiva da menstruação e a chamada falência ovariana, ocorre uma queda abrupta na produção de hormônios como estrogênio, progesterona e testosterona — o que pode desencadear uma série de sintomas que vão muito além dos tradicionais “calores”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030 cerca de 1 bilhão de pessoas estarão vivendo os efeitos da menopausa. No Brasil, estima-se que 18 milhões de mulheres enfrentem atualmente essa transição, que pode incluir desde instabilidade de humor até quadros depressivos mais graves.
Alterações hormonais e sintomas emocionais
A queda hormonal afeta diretamente funções essenciais do organismo. Entre os sintomas mais frequentes estão irritabilidade, distúrbios do sono, ressecamento da pele e mucosas, diminuição da libido e dores na relação sexual (dispareunia). Além disso, o impacto na produção de neurotransmissores pode levar à apatia, à baixa energia e, em casos mais severos, à depressão.
“O que faz mal à saúde não são os hormônios em si, mas o desequilíbrio causado pela falência ovariana”, afirma o Dr. Walter Pace, professor e ginecologista. Ele explica que os hormônios são fundamentais para manter o equilíbrio biológico e emocional do corpo. Quando em queda, podem gerar sintomas confundidos com doenças psiquiátricas.
Depressão ou carência hormonal?
É comum que mulheres na menopausa recebam prescrição de antidepressivos para lidar com os sintomas emocionais. No entanto, o Dr. Walter alerta que muitos casos poderiam ser resolvidos com reposição hormonal, sem a necessidade de medicamentos que podem causar dependência e efeitos colaterais. “É preciso investigar se os sintomas são resultado de um quadro psiquiátrico ou de uma carência hormonal”, pontua.
Acompanhamento especializado é essencial
A recomendação dos especialistas é que as mulheres busquem acompanhamento médico individualizado ao notar os primeiros sinais da menopausa. Um diagnóstico correto pode evitar tratamentos inadequados e garantir mais qualidade de vida nesse momento de transição.
Reposição hormonal, ajustes na alimentação, prática de exercícios físicos e apoio psicológico são estratégias importantes para atravessar essa fase com mais equilíbrio. O principal é compreender que a menopausa não é o fim de um ciclo, mas o início de uma nova fase — que, com os cuidados certos, pode ser plena e saudável.
Por Redação Brazil Health