2 min de leitura
Páscoa: consumo excessivo de chocolate pode afetar a saúde do fígado e agravar doenças hepática
Com a chegada da Páscoa, aumenta o consumo de chocolates — mas é preciso atenção. Segundo a Dra. Patrícia Almeida, hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, exagerar nos bombons, ovos trufados e chocolates ao leite pode sobrecarregar o fígado, especialmente em pessoas com síndrome metabólica ou histórico de doenças hepáticas.
“Para quem tem obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão ou colesterol alterado, o excesso de chocolate pode acelerar a progressão da Doença Hepática Gordurosa Associada à Disfunção Metabólica (MASLD)”, afirma. Antigamente chamada de esteatose hepática, essa condição pode evoluir para MASH (esteato-hepatite), cirrose ou até câncer de fígado.
Chocolate: vilão ou aliado?
O problema, segundo a médica, está na qualidade e quantidade do produto. “Chocolates ao leite e bombons industrializados são ricos em açúcar e gordura saturada, que estimulam o acúmulo de gordura no fígado e aumentam inflamações”, explica. Já o chocolate amargo, com mais de 70% de cacau, pode trazer benefícios. “Esse tipo contém flavonoides, antioxidantes naturais que, em pequenas quantidades, protegem o fígado”, diz.
Em pessoas com doenças hepáticas avançadas, como hepatite, cirrose ou MASH, o cuidado deve ser redobrado. “Nesses casos, até mesmo pequenas porções precisam ser avaliadas por um especialista”, reforça.
Dicas para uma Páscoa mais saudável:
. Prefira chocolates com mais de 70% de cacau
. Evite bombons recheados, ovos trufados e produtos ultraprocessados
. Consuma pequenas porções e nunca em jejum
. Faça receitas caseiras com cacau puro, tâmaras e oleaginosas
. Após a Páscoa, reequilibre a alimentação com vegetais, fibras, chá verde e cúrcuma
. Pratique atividade física regularmente
“O fígado tem uma capacidade incrível de regeneração, mas isso só é possível com hábitos saudáveis. Aproveitar a Páscoa com equilíbrio é o melhor caminho para quem quer saborear sem colocar a saúde em risco”, conclui Dra. Patrícia.
Por Redação Brazil Health