Infectologia
02 de Maio de 2025

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Dengue: Sintomas, Riscos e Dicas para Evitar Complicações Graves da Doença

O aumento dos casos de dengue em diversas regiões do Brasil — especialmente em São Paulo, onde 118 das 152 mortes registradas em 2025 ocorreram — acendeu um sinal de alerta em todo o país. Com a circulação crescente do sorotipo DENV-3, que estava em baixa desde 2016, a população deve redobrar os cuidados e ficar atenta aos sintomas da doença, que pode evoluir para quadros graves.

Dengue pode ocorrer mais de uma vez

A infectologista Bianca Miranda, diretora médica do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, explica que uma mesma pessoa pode ser infectada até quatro vezes ao longo da vida, uma para cada sorotipo do vírus. “A imunidade é específica para o sorotipo que causou a infecção. Quem já teve dengue uma vez deve estar ainda mais atento, pois o risco de formas graves aumenta em reinfecções”, alerta.

Sintomas iniciais e sinais de gravidade

Os sintomas clássicos da dengue incluem:

. febre alta

. dor atrás dos olhos

. dores musculares e no corpo

. manchas avermelhadas na pele e coceira

. náuseas e fadiga

Já os sinais de alerta que indicam gravidade são:

. dor abdominal intensa

. vômitos persistentes (com ou sem sangue)

. dificuldade para respirar

. queda de pressão, confusão mental e sangramentos nas gengivas, nariz ou fezes

“É fundamental procurar atendimento médico ao notar qualquer um desses sintomas. E a automedicação deve ser evitada, principalmente o uso de anti-inflamatórios como AAS, ibuprofeno e diclofenaco, que podem agravar o quadro”, ressalta a médica.

Prevenção ainda é a melhor arma

Embora a dengue possa atingir pessoas de todas as idades, o risco de complicações é maior em idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. Para se proteger, é fundamental:

. aplicar repelentes autorizados pela Anvisa

. eliminar focos de água parada em vasos, garrafas, pneus e calhas

. tampar ralos e utilizar telas em janelas

A conscientização e o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, são indispensáveis para frear o avanço da dengue e proteger vidas. Em tempos de surtos, atenção aos detalhes salva.

Por Redação Brazil Health

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