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Herpes Zoster: Doença Comum Pode Causar Dores Intensas e Complicações Severas

Doença atinge um em cada três adultos e pode causar impactos duradouros

O herpes zoster, popularmente conhecido como "cobreiro", é uma infecção viral causada pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zoster. Apesar de ser pouco comentada, a doença é mais frequente do que se imagina e pode atingir qualquer pessoa que já teve catapora ao longo da vida. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de um em cada três adultos desenvolverá herpes zoster em algum momento da vida, especialmente aqueles com mais de 50 anos ou que tenham o sistema imunológico enfraquecido.

A reativação do vírus no organismo pode provocar lesões na pele e dores intensas, descritas como queimação, formigamento ou pontadas. Segundo o infectologista Dr. Jessé Reis Alves, esse incômodo pode afetar a rotina dos pacientes de forma significativa. “As sensações de agulhadas, queimação e dormência podem impactar a vida pessoal e profissional. Além disso, em alguns casos, o herpes zoster pode evoluir para a neuralgia pós-herpética, uma dor crônica que persiste por pelo menos 90 dias e exige tratamento específico”, explica o especialista.

Além da dor intensa, a doença pode levar a complicações graves. Estima-se que até 30% dos pacientes desenvolvam a neuralgia pós-herpética, condição que pode persistir por anos. Outras possíveis consequências incluem sequelas oculares, infecções bacterianas secundárias e até mesmo comprometimentos neurológicos.

Durante a pandemia de COVID-19, o número de casos de herpes zoster aumentou consideravelmente, com um crescimento estimado de 35,4%. Pesquisas indicam que pessoas que contraíram o coronavírus apresentam um risco maior de desenvolver a doença, o que reforça a importância da prevenção.

Embora não seja possível prever quando o vírus será reativado, há formas de prevenção e tratamento. A vacinação é uma das principais estratégias para reduzir a incidência e a gravidade do herpes zoster. Além disso, medicamentos antivirais podem ser indicados para diminuir a duração e a intensidade dos sintomas.

Especialistas recomendam que pessoas acima dos 50 anos ou com fatores de risco conversem com um médico para avaliar as opções de prevenção e tratamento disponíveis. Com informação e cuidados adequados, é possível minimizar os impactos dessa infecção e garantir maior qualidade de vida.

Por Redação Brazil Health