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Técnica Revolucionária Reduz Cirurgias de Câncer de Mama e Traz Esperança!

Um avanço revolucionário na abordagem do câncer de mama está em andamento no Brasil. O mastologista Henrique Lima Couto, coordenador do Departamento de Imagem da Mama da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), desenvolveu uma técnica inovadora que pode reduzir significativamente a necessidade de cirurgias para remoção de tumores mamários.

A técnica, que combina a mamotomia, um método minimamente invasivo de biópsia, com o shaving, permite a remoção completa de lesões de até 1,5 cm de diâmetro sem necessidade de internação hospitalar. Segundo Lima Couto, a precisão do procedimento garante 100% de ressecção dos tumores em casos avaliados até agora, quando as margens estão negativas.

Como funciona o procedimento?

A mamotomia utiliza uma agulha acoplada a um sistema a vácuo que aspira fragmentos da lesão. Já o shaving é um complemento que remove tecidos residuais na área do tumor, aumentando a eficácia do método.

“A grande inovação está na avaliação das margens, que nos dá a segurança para evitar cirurgias em casos selecionados,” explica Lima Couto. Ele destaca ainda que o procedimento é rápido, indolor e pode ser realizado em consultórios, clínicas ou até em locais remotos, como comunidades ribeirinhas.

Resultados promissores

Os resultados iniciais, apresentados no congresso da Sociedade Europeia de Imagem Mamária (Eusobi), indicaram sucesso em 75 pacientes submetidas ao método. Além disso, o estudo projeta que, se amplamente adotada, a técnica poderia evitar até 25% das cirurgias de câncer de mama no Brasil.

Próximos passos e impacto global

A próxima fase da pesquisa incluirá um maior número de pacientes e busca confirmar a eficácia em larga escala. Apesar de estudos semelhantes conduzidos no Reino Unido, a técnica brasileira se destaca por incluir o shaving, ampliando suas possibilidades de aplicação.

No cenário nacional, a mamotomia aprimorada pode transformar o tratamento do câncer de mama, especialmente em um país onde o diagnóstico precoce ainda é um desafio. Segundo Henrique Lima Couto, a combinação de avanços tecnológicos e rastreamento eficiente pode reduzir pela metade as cirurgias, democratizando o acesso a tratamentos minimamente invasivos.

Este avanço representa um marco para a oncologia brasileira, trazendo esperança e melhor qualidade de vida para pacientes em todo o país.

Por Redação Brazil Health