Medicina do Esporte
28 de Abril de 2025

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Descoberta Brasileira Promete Revolucionar o Tratamento de Lesões no Joelho

Pesquisadores liderados pelo Dr. Pedro Baches Jorge, diretor da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE), identificaram uma nova estrutura anatômica no joelho humano: o Ligamento Oblíquo Anterior (AOL). A descoberta promete aprimorar o tratamento de instabilidades no joelho, especialmente em casos de lesão do ligamento cruzado anterior (LCA), uma das mais comuns entre atletas.

O achado foi feito durante dissecações anatômicas na Santa Casa de São Paulo, em estudos com joelhos de pacientes amputados por causas vasculares. Desde então, a equipe publicou mais de dez artigos científicos internacionais e comprovou que o AOL pode ser visualizado em exames de ressonância magnética.

O que muda na prática médica

O AOL estabiliza a rotação externa da tíbia, uma função crítica para evitar falhas em reconstruções isoladas do LCA. A equipe desenvolveu um protocolo de reforço cirúrgico, publicado no Video Journal of Sports Medicine, orientando a reconstrução do AOL em casos de instabilidade rotacional persistente.

Desde 2020, mais de 200 cirurgias associando a reconstrução do LCA e do AOL foram realizadas, com resultados iniciais muito positivos. “Estamos diante de uma mudança de paradigma”, afirma Dr. Pedro. “Oferecemos agora soluções mais eficazes para quem enfrenta instabilidade rotacional no joelho.”

Reconhecimento internacional

A descoberta já repercute fora do Brasil. Centros médicos nos Estados Unidos, Chile, Itália e Argentina passaram a incorporar a reconstrução do AOL em seus tratamentos. “O entendimento da instabilidade rotacional está evoluindo e parece ser um caminho sem volta entre os especialistas de joelho no mundo todo”, destaca Dr. Pedro.

Próximos passos

Agora, o grupo pretende avançar para estudos biomecânicos controlados em laboratório, a fim de entender ainda mais o papel isolado do AOL e sua contribuição para a estabilidade do joelho. Para isso, buscam financiamento e estrutura para dar continuidade às pesquisas.

Por Redação Brazil Health

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