Neurocirurgia
27 de Abril de 2025

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Fevereiro Roxo: Cuidado humanizado melhora a vida de quem convive com doenças crônicas

O Fevereiro Roxo é um mês de conscientização sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus, três doenças crônicas que, apesar de não terem cura, podem ser controladas com um tratamento adequado. O objetivo da campanha é alertar para o diagnóstico precoce, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reforçar a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e humanizada.

O Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta a memória e as funções cognitivas, já soma 1,2 milhão de casos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. “A prevenção deve começar antes da terceira idade, com hábitos saudáveis como exercício físico, dieta balanceada e estímulos cognitivos”, explica o neurocirurgião Dr. Marcelo Valadares, da Unicamp. Embora a progressão da doença seja inevitável, medicamentos e terapias ajudam a estabilizar os sintomas e preservar a independência dos pacientes por mais tempo.

Já a fibromialgia se caracteriza por dor crônica generalizada, fadiga e alterações no sono e no humor, afetando 2% da população brasileira. Por ter sintomas semelhantes aos de outras condições médicas, ainda é frequentemente subdiagnosticada. “O tratamento deve ser multidisciplinar, combinando medicamentos, fisioterapia, exercícios leves, técnicas de relaxamento e mudanças na rotina para reduzir as crises”, pontua Valadares.

O lúpus, por sua vez, é uma doença autoimune que ataca diferentes órgãos e tecidos, causando fadiga, dores articulares e lesões na pele. Afeta cerca de 65 mil brasileiros, mas a dificuldade no diagnóstico ainda compromete o início precoce do tratamento. “O manejo adequado da doença combina imunossupressores, anti-inflamatórios e ajustes no estilo de vida, como proteção solar e controle do estresse”, ressalta o especialista.

Cada uma dessas doenças exige um acompanhamento personalizado, com foco na qualidade de vida dos pacientes. Além do tratamento médico, atividades físicas adaptadas, alimentação equilibrada e suporte psicológico ajudam no controle dos sintomas e na autonomia no dia a dia. “A escuta ativa e o reconhecimento do impacto emocional dessas doenças são essenciais para fortalecer a adesão ao tratamento e proporcionar um cuidado mais humano e efetivo”, finaliza Valadares.

Por Redação Brazil Health

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