3 min de leitura
Alzheimer: Mitos e Verdades sobre a Doença que Mais Cresce no Mundo
Com o aumento de casos, muitas dúvidas ainda cercam o Alzheimer. Neurologista esclarece o que é fato e o que não devemos acreditar.
O Alzheimer já afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo e pode triplicar até 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, os números também impressionam: atualmente, cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivem com a doença, e a projeção para 2050 é de 5,7 milhões de casos.
Apesar de sua crescente incidência, ainda há muitos mitos sobre a doença, o que pode dificultar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. O neurologista Dr. Edson Issamu Yokoo esclarece algumas das dúvidas mais comuns sobre o Alzheimer.
Mitos e verdades sobre o Alzheimer
• O Alzheimer pode ser hereditário? Verdade. “Ter casos na família pode aumentar o risco, mas isso não significa que a pessoa necessariamente desenvolverá a doença. Apenas um pequeno percentual dos casos está ligado a mutações genéticas raras”, explica o Dr. Yokoo.
• Esquecimentos frequentes indicam Alzheimer? Mito. “Esquecer onde deixou as chaves ou um nome ocasionalmente não é preocupante. O problema é quando os esquecimentos afetam a rotina, como não reconhecer familiares ou esquecer compromissos importantes”, alerta o especialista.
• A doença afeta apenas idosos? Mito. “Embora a idade seja o maior fator de risco, existe a forma precoce do Alzheimer, que pode surgir antes dos 60 anos. O diagnóstico diferencial é essencial para excluir outras condições neurológicas”, diz o médico.
• O Alzheimer atinge mais mulheres? Verdade. “As mulheres vivem mais do que os homens, o que aumenta a incidência da doença. Além disso, fatores hormonais e genéticos também podem influenciar a maior prevalência feminina”, comenta Dr. Yokoo.
• Não existe cura para o Alzheimer? Verdade. “Ainda não há cura, mas os tratamentos disponíveis ajudam a retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida do paciente”, reforça o neurologista.
• O Alzheimer prejudica apenas o cérebro? Mito. “Além da memória e cognição, a doença pode comprometer a coordenação motora, a fala e até a capacidade de engolir nos estágios avançados, exigindo acompanhamento multidisciplinar”, explica o especialista.
Quando procurar ajuda médica?
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento mais eficaz. Os primeiros sinais incluem:
• esquecimentos frequentes
• dificuldade para realizar tarefas do dia a dia
• mudanças de comportamento
• desorientação no tempo e no espaço
Se esses sintomas forem percebidos, é essencial buscar um neurologista ou geriatra para avaliação. Além do tratamento médico, o suporte familiar e o acompanhamento de terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos podem ajudar a garantir mais autonomia ao paciente.
Com informação e diagnóstico precoce, é possível oferecer mais qualidade de vida às pessoas com Alzheimer e preparar melhor seus familiares para lidar com a doença.
Por Redação Brazil Health