Neurologia
02 de Abril de 2025

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Dificuldades de Aprendizagem: 7 Estratégias Eficazes para Identificar e Superar em Sala de Aula

Professor na linha de frente da inclusão

A presença cada vez maior de crianças com dificuldades de aprendizagem em sala de aula exige dos professores um novo olhar: mais atento, mais preparado e com estratégias adaptativas. “Sem formação adequada, os professores não conseguem diferenciar uma dificuldade de um transtorno — e isso afeta diretamente a qualidade da intervenção”, afirma Mara Duarte da Costa, neuropedagoga.

Segundo a especialista, dislexia, TDAH e discalculia são condições que afetam habilidades cognitivas essenciais e precisam ser identificadas o quanto antes. Por outro lado, dificuldades pedagógicas temporárias, causadas por falta de estímulo ou metodologias inadequadas, podem ser superadas com adaptações simples, desde que diagnosticadas corretamente.

Relatórios pedagógicos diários e bem estruturados são cruciais nesse processo. Eles orientam a escola, subsidiam o encaminhamento clínico e ajudam a família a compreender o desenvolvimento da criança. Sinais como desatenção frequente, dificuldades motoras ou de reconhecimento de formas e cores aos 4 ou 5 anos já indicam a necessidade de uma intervenção precoce.

Sete estratégias práticas para sala de aula

A especialista aponta sete caminhos práticos que podem ajudar professores a atuar de forma mais eficaz:

. desenvolvimento da consciência fonológica: trabalhe sons, rimas e segmentação de palavras para fortalecer a base da leitura e escrita

. uso de jogos sensoriais e lúdicos: materiais como areia, massinha e letras em relevo tornam o aprendizado mais concreto

. leitura guiada e compartilhada: incentive a leitura conjunta e discussões sobre os textos

. reforço positivo e celebração de conquistas: valorize os avanços, mesmo os pequenos, para fortalecer a autoestima

. materiais concretos na matemática: use blocos, fichas e objetos para ensinar noções básicas

. divisão de tarefas em etapas menores: facilite a compreensão e a execução por meio de passos simples

. reforços visuais e tecnologias assistivas: gráficos, tabelas, desenhos e ferramentas digitais ajudam na organização do pensamento

Formação é a chave para uma escola verdadeiramente inclusiva

Para Mara, o papel do professor vai além do conteúdo. Ele precisa observar, adaptar, acolher e se comunicar com as famílias. “Inclusão não é fazer o mesmo para todos, é garantir que cada um tenha acesso ao que precisa para aprender. Formar professores preparados é a única forma de transformar o cotidiano escolar em um espaço verdadeiramente inclusivo”, finaliza a neuropedagoga.

Por Redação Brazil Health

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