Neurologia
11 de Abril de 2025

3 min de leitura

Doença de Parkinson atinge 200 mil brasileiros: saiba os sintomas e como identificar precocemente

A Doença de Parkinson é a segunda condição neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer. Estima-se que afete cerca de 1% da população acima dos 60 anos e até 4% dos idosos com mais de 80 anos. No Brasil, aproximadamente 200 mil pessoas convivem com o Parkinson, que tem se tornado cada vez mais prevalente devido ao envelhecimento populacional.

Para reforçar a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento adequado, o dia 11 de abril é reconhecido como o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson. Segundo o neurologista Iron Dangoni Filho, é comum haver confusão entre os diferentes tipos de tremor. “Nem todo tremor é sinal de Parkinson. O tremor essencial, por exemplo, é bastante comum em pessoas mais jovens. Ansiedade, medicamentos, neuropatias e outros parkinsonismos também podem causar tremores”, explica.

Como identificar os sinais da doença

A maioria dos casos se inicia entre os 50 e 60 anos, mas cerca de 25% dos pacientes recebem o diagnóstico antes dos 65. Os principais sintomas motores incluem:

. Tremor de repouso (geralmente começa em uma das mãos)

. Rigidez muscular, que pode causar dor e limitar os movimentos

. Bradicinesia (lentidão para iniciar e executar movimentos)

. Instabilidade postural, que pode aumentar o risco de quedas

Parkinson de início precoce

O especialista destaca que há casos em que a doença aparece ainda mais cedo. “Quando surge antes dos 50 anos, é classificada como Parkinson de início precoce. Em situações mais raras, pode ocorrer antes dos 40 anos, geralmente associada a fatores genéticos, como mutações nos genes PARK2, PARK7 e PINK1”, aponta o neurologista.

Fatores de risco e prevenção

Apesar de não haver uma forma definitiva de prevenir a doença, hábitos saudáveis podem ajudar a reduzir o risco ou retardar o surgimento do Parkinson. Entre eles estão:

. Prática regular de atividade física

. Alimentação equilibrada

. Consumo moderado de café e chás

. Evitar contato com pesticidas e metais pesados

. Estimulação cognitiva contínua

. Sono de qualidade e controle do estresse

Tratamentos disponíveis

O tratamento do Parkinson tem como principal objetivo o alívio dos sintomas. “Utilizamos medicamentos que aumentam a disponibilidade de dopamina no cérebro. Em casos mais avançados, há a possibilidade de cirurgia com implante de eletrodos para estimulação cerebral profunda (DBS). Mais recentemente, surgiu o HIFU — um procedimento não invasivo que utiliza ultrassom de alta intensidade para tratar áreas específicas do cérebro”, detalha o especialista.

Conscientização é fundamental

Para o neurologista Iron Dangoni Filho, falar sobre o Parkinson é essencial para combater o preconceito e ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento. “Com acompanhamento adequado, é possível manter uma boa qualidade de vida por muitos anos, mesmo após o diagnóstico.”

Por Redação Brazil Health

Tags relacionadas: