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Epilepsia em Idosos: HSPE Destaca a Importância do Diagnóstico e Tratamento no Dia Roxo
Apesar de pouco discutida, a epilepsia é a terceira doença neurológica mais comum entre pessoas acima de 60 anos, atrás apenas da demência e do AVC. O alerta vem do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo, que oferece tratamento especializado para essa faixa etária. A conscientização ganha destaque neste dia 26 de março, quando é celebrado o Dia Roxo, data mundial dedicada ao combate ao preconceito e à desinformação sobre a epilepsia.
Segundo estudos, a incidência da doença dobra aos 70 anos e triplica aos 80, em comparação à infância. Porém, muitos casos deixam de ser diagnosticados. Isso porque os sintomas em idosos nem sempre se manifestam da forma mais conhecida — como convulsões —, e podem ser confundidos com alterações de comportamento, humor, movimentos involuntários ou desmaios.
Crises focais e sinais atípicos confundem diagnóstico
De acordo com a neurologista Camila Hobi Moreira, do HSPE, o diagnóstico costuma ser feito apenas após crises convulsivas mais evidentes. “Muitos familiares e cuidadores não associam episódios como desorientação, perda de consciência momentânea ou movimentos repetitivos com epilepsia. Isso retarda o diagnóstico e o início do tratamento adequado”, explica.
A epilepsia é caracterizada por crises epilépticas, que resultam de alterações temporárias na atividade elétrica do cérebro. Nem toda crise é convulsiva: há tipos diversos, dependendo da área cerebral afetada.
Risco de recorrência e importância do tratamento
Após o primeiro episódio, o risco de novas crises em idosos varia entre 60% e 80%. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para controle da doença e prevenção de complicações. O HSPE conta com equipe especializada para diagnóstico, monitoramento e prescrição de tratamentos individualizados para idosos com epilepsia.
No Dia Roxo, o hospital reforça a importância da informação como ferramenta de combate ao preconceito e de apoio à qualidade de vida dos pacientes. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de controle da doença e de preservação da autonomia dos idosos.
Por Redação Brazil Health