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Epilepsia: Tratamento Adequado Pode Eliminar Crises em 70% dos Pacientes
No Dia Internacional da Epilepsia, celebrado em 10 de fevereiro, a Liga Brasileira de Epilepsia chama atenção para a alta prevalência da doença e a eficácia dos tratamentos disponíveis. Com cerca de 65 milhões de pessoas afetadas no mundo, a epilepsia é mais comum do que transtornos como autismo, paralisia cerebral, esclerose múltipla e Parkinson juntos. O dado mais relevante: 70% dos pacientes poderiam viver livres de crises com diagnóstico correto e acesso ao tratamento adequado.
A epilepsia atinge todas as faixas etárias, desde recém-nascidos até idosos, e 80% dos casos ocorrem em países de média e baixa renda, onde o acesso limitado a cuidados de saúde e medicamentos aumenta o risco de acidentes, estigmatização e mortalidade prematura.
“O tratamento medicamentoso é a primeira linha de controle da doença, com anticonvulsivantes que estabilizam a atividade elétrica do cérebro”, explica a Dra. Letícia Pereira de Brito Sampaio, presidente da Liga Brasileira de Epilepsia. Os medicamentos são disponibilizados pelo SUS e, quando bem ajustados, podem eliminar ou reduzir significativamente as crises.
Em casos de epilepsia resistente, outras abordagens são eficazes. A dieta cetogênica, rica em gorduras e pobre em carboidratos, reduz a frequência das crises em algumas pessoas. O canabidiol (CBD) tem se mostrado promissor para síndromes específicas, como Dravet e Lennox-Gastaut. Já a cirurgia ressectiva é indicada quando as crises têm origem em uma área específica do cérebro que pode ser removida com segurança.
O diagnóstico precoce e o acesso a terapias adequadas não só melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também ajudam a combater o estigma associado à epilepsia.
Por Redação Brazil Health