Neurologia
22 de Abril de 2025

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Tontura constante? Pode ser sinal de problema neurológico no cérebro ou na medula

A tontura é um dos sintomas mais relatados nos consultórios médicos, mas nem sempre está associada a problemas no ouvido interno ou variações da pressão arterial. Em muitos casos, pode sinalizar alterações neurológicas graves, como lesões no cérebro ou na medula espinhal. Segundo o neurocirurgião Dr. Felippe Saad, do Hospital Albert Sabin, a diferenciação entre as causas é essencial para o diagnóstico correto e o tratamento eficaz.

Quando a tontura é sinal de algo mais sério

“Tonturas de origem neurológica costumam vir acompanhadas de outros sintomas, como fraqueza muscular, formigamento, visão dupla, alterações na fala ou perda de coordenação. Esses sinais devem levantar um alerta para doenças como AVC, esclerose múltipla ou tumores no sistema nervoso central”, explica Dr. Saad.

Ao contrário da vertigem periférica, geralmente associada ao labirinto e com evolução benigna, a tontura de origem central exige investigação urgente. Nestes casos, exames como a ressonância magnética são fundamentais para detectar alterações estruturais ou funcionais no cérebro e na medula.

Tratamento depende da causa

O tratamento varia conforme o diagnóstico. “Em algumas situações, indicamos medicamentos como anticonvulsivantes, corticoides ou imunossupressores para controle dos sintomas. Em outras, é preciso abordar a causa principal com reabilitação neurológica, fisioterapia ou até cirurgia”, explica o especialista.

A intervenção cirúrgica pode ser necessária em casos de tumores, malformações vasculares ou compressões nervosas. “Quando há pressão sobre áreas sensíveis do sistema nervoso, a cirurgia pode aliviar os sintomas e prevenir complicações”, completa Dr. Saad.

Fique atento aos sinais de alerta

Tonturas persistentes, que duram mais de alguns minutos ou ocorrem com frequência, especialmente se acompanhadas por outros sintomas neurológicos, devem ser avaliadas o quanto antes. “O primeiro passo é não normalizar o sintoma. Procurar ajuda médica pode evitar sequelas graves e garantir uma abordagem mais eficaz”, conclui o neurocirurgião.

Por Redação Brazil Health

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