Nutrologia
06 de Fevereiro de 2025

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Crianças Sem Apetite: Estratégias para Lidar com a Falta de Interesse Pela Comida

A falta de interesse pela comida é uma preocupação comum entre pais e cuidadores, especialmente em determinadas fases da infância. Aos dois anos, por exemplo, muitas crianças apresentam uma redução natural no apetite, reflexo da desaceleração no crescimento. No entanto, esse comportamento pode ocorrer em qualquer idade e merece atenção.

Segundo Renata Boaventura, nutricionista e professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Braz Cubas, além do menor gasto energético, outros fatores influenciam essa perda de apetite, como distrações no ambiente e até mesmo o consumo de alimentos inadequados antes das refeições. “O excesso de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, sódio e gorduras, pode prejudicar a fome e impactar negativamente a saúde da criança”, alerta a especialista.

O que fazer quando a criança recusa a comida?

Forçar a alimentação ou usar chantagem não são estratégias recomendadas. “A criança tem a capacidade de se autorregular, e o papel da família é garantir a oferta de refeições saudáveis, sem pressão”, explica Boaventura. Se um alimento for rejeitado, reapresentá-lo de outra forma pode ajudar. “Um feijão pode virar bolinho, e os brócolis podem ser picados e misturados ao arroz”, sugere. Além disso, manter um momento de refeição compartilhado em família reforça bons hábitos alimentares.

Caso a recusa seja recorrente, a orientação de um nutricionista pode ser fundamental para evitar deficiências nutricionais que prejudiquem o crescimento e desenvolvimento da criança.

Como estimular o interesse pela comida?

Pequenas mudanças na rotina alimentar podem fazer a diferença:

Varie a apresentação dos alimentos – Legumes podem ser oferecidos no vapor, assados, em tortas ou panquecas.

Inclua ingredientes novos em pratos conhecidos – Misturar vegetais no arroz ou na carne pode facilitar a aceitação.

Incentive a participação da criança na cozinha – O envolvimento no preparo das refeições desperta curiosidade e aumenta a disposição para experimentar novos sabores.

A abordagem nutricional deve ser adaptada a cada criança, respeitando a rotina familiar e as preferências alimentares. “Com o suporte adequado, é possível garantir uma alimentação equilibrada e promover um crescimento saudável”, finaliza Boaventura.

Por Redação Brazil Health

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