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Doença celíaca vai além da intolerância: diagnóstico exige rigor e mudança de vida
Doença celíaca vai além da intolerância: diagnóstico exige rigor e mudança de vida
Condição autoimune exige dieta 100% livre de glúten para evitar danos graves ao intestino e outras complicações de saúde
Restrição vitalícia e vigilância constante
A doença celíaca é uma condição autoimune crônica que exige disciplina rigorosa: basta uma pequena quantidade de glúten — proteína presente no trigo, centeio e cevada — para provocar inflamações intensas no intestino delgado. O alerta é do nutrólogo Dr. Andrea Bottoni, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que destaca os riscos da negligência no tratamento. “Não se trata de uma simples intolerância alimentar. A exposição ao glúten pode levar à desnutrição, deficiência de vitaminas, perda de peso e até câncer intestinal”, afirma.
Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal, distensão, diarreia crônica e perda de peso, mas a doença pode permanecer silenciosa por anos, dificultando o diagnóstico. A confirmação costuma envolver exames de sangue, testes genéticos e, em muitos casos, biópsia do intestino.
Não é frescura: é uma condição autoimune
Segundo o especialista, é fundamental diferenciar a doença celíaca de outras reações ao glúten, como a sensibilidade não celíaca. No caso da doença celíaca, a dieta sem glúten deve ser total e vitalícia. “Mesmo traços da proteína, por exemplo em alimentos preparados no mesmo ambiente que produtos com glúten, podem desencadear crises graves. Por isso, empatia e informação são indispensáveis”, ressalta Dr. Bottoni.
Alimentação natural é aliada do tratamento
Entre as orientações, o médico recomenda uma alimentação baseada em itens frescos e naturais. • frutas, legumes, ovos, carnes e arroz: alimentos naturalmente livres de glúten • atenção com industrializados: risco alto de contaminação cruzada • evitar ultraprocessados: facilitam crises inflamatórias e complicações intestinais
Hoje, exames genéticos já ajudam a identificar a predisposição à doença, especialmente em famílias com histórico. Mesmo assim, o diagnóstico definitivo depende de uma avaliação clínica criteriosa.
Neste Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Celíaca, a mensagem é clara: viver com a condição exige muito mais do que excluir alimentos. É preciso enfrentar desafios sociais e emocionais com o apoio de profissionais e da sociedade.
Por Redação Brazil Health