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Leite Pode Ajudar na Prevenção da Pré-eclâmpsia, uma das Principais Causas de Morte Materna
A pré-eclâmpsia, condição grave que atinge até 15% das gestantes brasileiras e é responsável por cerca de 80 mil mortes maternas ao ano no mundo, ganhou um novo aliado na prevenção: o leite. Rico em cálcio e com alta biodisponibilidade, o alimento é agora uma das principais recomendações do Ministério da Saúde para combater a doença, caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina durante a gestação.
A medida, anunciada pelo Ministério em fevereiro, prevê suplementação universal de cálcio para gestantes como estratégia para reduzir partos prematuros e a mortalidade materna. Segundo o médico nutrólogo Plínio Cezar de Almeida Júnior, “o leite é uma excelente fonte de cálcio e atua como regulador metabólico, contribuindo para a formação do bebê e o controle da pressão arterial da gestante”.
Leite: fonte natural e segura de cálcio
Apesar da crença de que o leite seria inflamatório, o especialista afirma que o alimento é, na verdade, benéfico para a maioria das pessoas, exceto aquelas com intolerância à lactose. “O leite tem ação anti-inflamatória e é seguro quando pasteurizado, especialmente na gravidez, quando o consumo de leite cru pode oferecer riscos à saúde”, alerta Plínio.
Para mulheres com intolerância, o leite sem lactose é uma alternativa eficaz, mantendo os mesmos nutrientes essenciais. Também entram na lista de fontes de cálcio recomendadas os queijos, iogurtes, vegetais de folhas escuras e leguminosas como grão-de-bico, soja e lentilha.
Leite de caixinha é seguro?
Plínio desmistifica a ideia de que o leite longa vida contém aditivos químicos prejudiciais. “O processo UHT apenas elimina bactérias por meio do calor, sem o uso de conservantes. É um leite natural, seguro e nutritivo”, explica.
A nova recomendação do Ministério vem em um momento crítico: segundo o IBGE, 96% das mulheres adultas no Brasil consomem menos cálcio do que o ideal. O reforço do consumo de leite e derivados pode ser decisivo para reverter esse cenário e salvar vidas.
Por Redação Brazil Health