Oftalmologia
29 de Janeiro de 2025

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Alerta: Uso Excessivo de Ar-Condicionado no Verão Pode Agravar a Síndrome do Olho Seco!

O uso indiscriminado de ar-condicionado durante o verão tem contribuído para o aumento significativo de casos de olho seco, uma condição que atinge até 20% das pessoas expostas a ambientes refrigerados, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, explica que a baixa umidade provocada pelo ar-condicionado, associada ao uso frequente de lentes de contato e ao tempo prolongado em frente a telas, intensifica o desconforto ocular e pode levar a alterações crônicas do filme lacrimal.

A síndrome do olho seco ocorre quando há deficiência na lubrificação natural dos olhos, sendo agravada pela evaporação excessiva da lágrima, especialmente em ambientes com ar seco. “Esses fatores podem afetar qualquer pessoa, mas mulheres têm o dobro de chances devido às oscilações hormonais ao longo da vida, como na pós-menopausa”, afirma Queiroz Neto.

Além do ar-condicionado e alterações hormonais, outros fatores de risco incluem o uso de medicamentos como descongestionantes, antidepressivos e diuréticos, além de doenças autoimunes, como artrite e lúpus. Idosos e usuários de lentes de contato também estão mais suscetíveis.

Apesar de a lágrima artificial ser amplamente utilizada no tratamento, o especialista alerta sobre os riscos do uso excessivo. “Aplicar colírios mais do que o recomendado pode causar irritação devido aos conservantes”, reforça. Em casos mais complexos, como a disfunção das glândulas de meibômio, a aplicação de luz pulsada tem se mostrado eficaz para restaurar a produção lacrimal.

Para prevenir o olho seco, recomenda-se beber ao menos 2 litros de água por dia, incluir alimentos ricos em ômega-3, vitaminas A e E na dieta, e adotar práticas como posicionar a tela do computador abaixo da linha dos olhos e fazer pausas regulares para piscar. “Pequenas mudanças de hábitos podem proporcionar mais conforto visual e prevenir problemas oculares a longo prazo”, conclui Queiroz Neto.

Por Redação Brazil Health

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