Oftalmologia
28 de Março de 2025

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Cirurgia de Catarata Reduz Quedas e Fraturas em Idosos, Aponta Novo Estudo

A cirurgia de catarata, além de restaurar a visão, também pode proteger a vida de idosos. Um novo estudo publicado neste mês no Journal of the American Geriatrics Society acompanhou mais de 840 mil idosos ao longo de duas décadas e revelou que a extração da catarata reduz em até 17% o risco de quedas, além de diminuir fraturas e hemorragias cerebrais.

Principais resultados do estudo:

Redução de 17% no risco geral de quedas

9% a menos de quedas com fraturas no tornozelo

7% a menos de fraturas de quadril e punho

. 11% menos casos de hemorragias intracranianas após a cirurgia

“O risco de morte em um ano após uma fratura de fêmur pode chegar a 25% entre idosos. Qualquer medida preventiva que reduza quedas tem impacto direto na sobrevida e na autonomia dessas pessoas”, afirma o oftalmologista Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

O especialista destaca que muitos pacientes procuram o oftalmologista tardiamente. “Há idosos com visão muito comprometida por catarata que não percebem o quanto perderam de acuidade visual. Isso aumenta os riscos de tropeços, acidentes e internações”, alerta.

A catarata é uma condição comum após os 60 anos e ocorre devido à opacificação do cristalino, a lente natural do olho. A cirurgia, considerada uma das mais realizadas e seguras do mundo, é feita com anestesia local e pode devolver nitidez à visão em poucos dias.

“Cuidar da visão não é apenas uma questão de conforto ou estética. É uma questão de prevenção. É cuidar da qualidade e da duração da vida”, reforça o médico.

Prevenção silenciosa

A catarata se desenvolve de forma gradual e muitas vezes sem sintomas evidentes, o que pode retardar o diagnóstico. Por isso, Dr. Halim recomenda que pessoas com mais de 60 anos realizem consultas oftalmológicas anuais, mesmo na ausência de queixas visuais. “Diagnosticar precocemente e operar no momento certo evita internações, quedas, fraturas e perda da autonomia”, conclui.

Por Redação Brazil Health

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