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Câncer Adrenal: Tumor Raro e Silencioso, Mais Comum em Crianças Até 5 Anos e Após os 40
O câncer adrenal, ou carcinoma adrenocortical, é um tipo raro de tumor que afeta as glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. A doença pode atingir tanto crianças pequenas — principalmente abaixo dos 5 anos — quanto adultos entre 40 e 50 anos. Apesar da baixa incidência, quando identificado nos estágios iniciais, as chances de cura superam 70%, segundo a American Cancer Society.
O alerta veio à tona com a morte da atriz belga Emilie Dequenne, aos 43 anos, vítima da doença. No Brasil, casos pediátricos são mais comuns e frequentemente associados à síndrome genética de Li-Fraumeni, causada por mutação do gene TP53.
Sinais que merecem atenção
Os sintomas do câncer adrenal variam conforme os hormônios produzidos em excesso. Entre os mais comuns estão:
. dor abdominal ou nas costas
. perda de peso sem causa aparente
. fraqueza muscular
. pressão alta e diabetes
. alterações hormonais como aumento de pelos faciais em mulheres ou crescimento das mamas em homens
O tumor pode ser silencioso por muito tempo, sendo descoberto por acaso em exames de imagem. Quando há sinais, geralmente a doença já se encontra em estágio avançado.
Diagnóstico e tratamento
A avaliação começa com exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Caso o tumor esteja restrito à glândula, a cirurgia (adrenalectomia) pode ser curativa. “Se o câncer for detectado precocemente, a remoção cirúrgica oferece boas chances de cura. Em casos mais avançados, o tratamento é mais complexo e requer abordagem multidisciplinar”, explica o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
Fatores de risco e prevenção
A maioria dos casos é esporádica, mas 10% têm origem genética. Além das síndromes hereditárias, como a de Li-Fraumeni e a de Lynch, um estudo recente apontou o tabagismo como possível fator de risco para o tumor.
A recomendação dos especialistas é buscar atendimento médico ao perceber sintomas persistentes e realizar check-ups regulares, especialmente em grupos com maior predisposição genética. O diagnóstico precoce ainda é a principal arma contra esse tipo de câncer raro e agressivo.
Por Redação Brazil Health