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Câncer de esôfago: 5 sintomas que podem indicar a doença e exigem atenção imediata
Dificuldade para engolir, perda de peso sem explicação, queimação no peito, rouquidão e indigestão frequente: esses são cinco sinais que podem indicar a presença de um câncer de esôfago, doença que deve atingir quase 11 mil brasileiros em 2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em todo o mundo, a projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de crescimento de 80% nos casos até 2050.
O câncer de esôfago, mais comum em homens, tem como principais fatores de risco o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a obesidade, o refluxo gastroesofágico e a dieta rica em alimentos ultraprocessados. De evolução silenciosa, costuma ser diagnosticado em estágios avançados, o que reduz as chances de cura.
Sinais que merecem atenção
Segundo o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), muitos pacientes não identificam os sintomas no início da doença. “Quatro em cada dez casos já apresentam metástases no momento do diagnóstico”, alerta. Conheça os sinais que exigem avaliação médica imediata:
. dificuldade para engolir, inicialmente de alimentos sólidos, evoluindo para líquidos
. perda de peso sem motivo aparente
. dor, queimação ou pressão no peito, parecida com azia
. rouquidão ou tosse persistente
. azia constante e sensação de má digestão
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por biópsia durante endoscopia digestiva alta, podendo ser complementado por exames de imagem como tomografia ou ressonância. Os dois subtipos mais comuns da doença são o carcinoma escamocelular e o adenocarcinoma, que juntos somam mais de 90% dos casos.
Nos estágios iniciais, o tratamento pode ser cirúrgico, com esofagectomia ou ressecção endoscópica. Quando a doença já está mais avançada, combinações de quimioterapia, radioterapia e cirurgia são indicadas. Em tumores metastáticos, o foco é aliviar sintomas e manter a qualidade de vida.
Prevenção é o melhor caminho
Evitar cigarro, bebidas alcoólicas em excesso e alimentos ultraprocessados, além de tratar corretamente o refluxo, são formas de reduzir o risco. “O câncer de esôfago poderia ser amplamente prevenido. Mas para isso, precisamos de mais informação, diagnóstico precoce e combate efetivo à desinformação, inclusive sobre os novos dispositivos eletrônicos, como os vapes”, alerta Pinheiro.
No estágio inicial, a sobrevida em cinco anos pode chegar a 48%. Diagnóstico precoce salva vidas. Fique atento aos sinais.
Por Redação Brazil Health