Oncologia
11 de Fevereiro de 2025

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Câncer de Mama: Diagnóstico Precoce Aumenta Chances de Cura e Reduz Custos do Tratamento

O câncer de mama é o segundo mais frequente entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Com estimativa de 73.610 novos casos por ano no triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é uma das principais causas de mortalidade feminina. Apesar dos avanços na detecção, 40% dos diagnósticos no país ocorrem antes dos 50 anos, e 22% das mortes pela doença também se concentram nesse grupo etário.

A mamografia continua sendo a principal ferramenta no rastreamento do câncer de mama, permitindo a detecção precoce da doença. No entanto, a adesão ao exame ainda é baixa: apenas 30% das brasileiras realizam a mamografia regularmente. Essa falta de acompanhamento impacta diretamente os estágios em que a doença é diagnosticada. No setor privado, 17% das pacientes descobrem o câncer em fase avançada, enquanto no SUS esse número chega a 37%, o que eleva os custos do tratamento em até 50%.

De acordo com Fabiana Makdissi, líder do Centro de Referência em Tumores de Mama do A.C.Camargo Cancer Center, a detecção precoce melhora significativamente as chances de cura. “Quando o tumor ainda está restrito à mama, a taxa de cura pode chegar a 98%. O rastreamento regular reduz a necessidade de tratamentos agressivos e melhora a qualidade de vida das pacientes”, destaca a especialista.

Uma alternativa para a ressonância magnética no diagnóstico de pacientes com mamas densas é a mamografia com contraste. “Essa técnica oferece uma avaliação mais detalhada das mamas e pode ser uma opção viável para pacientes que sentem desconforto na ressonância magnética, especialmente em casos de claustrofobia”, explica Makdissi.

Com os avanços tecnológicos e maior acesso à informação, a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as melhores estratégias para reduzir a mortalidade por câncer de mama no Brasil. Incluir a mamografia na rotina de exames anuais, especialmente a partir dos 40 anos, é essencial para detectar a doença em estágios iniciais e aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.

Por Redação Brazil Health

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