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Câncer de Pele em Crianças: Sinais de Alerta e Dicas de Prevenção
Apesar de raro na infância, o melanoma pode ser agressivo. Especialista explica os sinais de alerta e a importância da prevenção desde cedo.
Embora o câncer de pele seja mais comum em adultos, crianças também podem ser afetadas, especialmente pelo melanoma, o tipo mais agressivo da doença. No Dia Internacional das Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, o Hospital do GRAACC faz um alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
“O melanoma cresce rapidamente e pode se espalhar para outros órgãos, tornando o diagnóstico precoce essencial para aumentar as chances de cura”, explica a oncologista pediátrica Natália Duarte. Apesar de representar entre 1% e 4% dos casos de câncer de pele, o melanoma infantil tem uma estimativa de incidência de 6 casos por milhão de pessoas ao ano.
Como prevenir o câncer de pele na infância
O efeito da radiação solar na pele é cumulativo. Ou seja, queimaduras solares na infância aumentam os riscos da doença na fase adulta. Para reduzir os riscos, especialistas recomendam:
. Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h
. Aplicar protetor solar adequado para crianças e reaplicar a cada duas horas
. Usar roupas de manga longa, bonés e chapéus
Sinais de alerta: quando suspeitar?
Pais e responsáveis devem observar o surgimento e a evolução de pintas e lesões em todo o corpo da criança, inclusive em áreas pouco expostas ao sol, como atrás das orelhas e genitais. Uma ferramenta simples para identificar sinais suspeitos é a regra do ABCDE:
. A (Assimetria): pintas com formatos irregulares
. B (Bordas): contornos irregulares ou borrados
. C (Cor): lesões com mais de uma tonalidade (preto, marrom, vermelho, azul)
. D (Diâmetro): pintas maiores que 6 mm devem ser avaliadas
. E (Evolução): mudanças no tamanho, cor ou aparência ao longo do tempo
Além desses sinais, sintomas como coceira, sangramento ou feridas que não cicatrizam devem ser levados ao dermatologista.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do melanoma infantil é mais desafiador do que nos adultos, exigindo exames detalhados como a dermatoscopia e, em caso de suspeita, biópsia da lesão. “Fatores genéticos também influenciam, por isso crianças com histórico familiar da doença ou com muitas pintas devem fazer acompanhamento regular”, orienta a especialista.
O tratamento principal é a remoção cirúrgica do tumor. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas. Em casos avançados, pode ser necessário recorrer à quimioterapia e imunoterapia.
“Mesmo após o tratamento, o paciente deve ser acompanhado regularmente, pois há risco de recorrência”, finaliza a Dra. Natália Duarte.
A proteção contra o câncer de pele começa cedo. Adotar hábitos de fotoproteção na infância pode ser decisivo para a saúde da pele no futuro.
Por Redação Brazil Health