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Fake news sobre saúde ameaçam vidas, alerta presidente do Instituto Oncoguia
A série “Vinagre de Maçã”, lançada recentemente pela Netflix, reacendeu uma discussão urgente: o impacto devastador da desinformação em saúde. Inspirada no caso real de Belle Gibson, influenciadora que enganou milhões afirmando ter curado um câncer terminal com métodos naturais — mesmo sem nunca ter sido diagnosticada com a doença —, a produção escancara o perigo de seguir recomendações sem respaldo científico.
Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, reforça que o problema está longe de ser ficção. “Informações falsas sobre saúde podem atrasar diagnósticos, comprometer tratamentos e, em casos extremos, levar à morte”, alerta. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que mais de 700 mil novos casos da doença serão registrados só em 2025. “Num cenário tão alarmante, informação confiável é tão essencial quanto o próprio tratamento”, afirma a especialista.
A falsa promessa das curas milagrosas
A facilidade de disseminação de fake news, muitas vezes vindas de influenciadores ou até mesmo de profissionais da saúde, é um agravante. “Quando uma figura pública propaga uma mentira, o impacto pode ser irreversível, principalmente para quem está vulnerável e busca alternativas desesperadas”, diz Luciana.
Ela reforça que soluções simplistas para doenças complexas devem sempre acender um sinal de alerta. “As decisões sobre saúde precisam ser baseadas em evidências científicas, não em promessas milagrosas que circulam nas redes sociais”, aponta.
Informação salva vidas
Para Luciana, o combate à desinformação é coletivo. “Não basta esperar que os médicos façam esse trabalho sozinhos. Cada pessoa precisa verificar antes de compartilhar qualquer conteúdo sobre saúde.” Ela destaca ainda o papel de ONGs, universidades e entidades médicas em traduzir informações científicas de forma acessível para o público geral.
“O câncer é uma doença que ainda assusta, mas o medo nunca pode ser maior do que o conhecimento. Informação segura empodera o paciente e pode, literalmente, salvar vidas”, conclui.
Por Redação Brazil Health