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Novas Tecnologias Revolucionam a Detecção e o Tratamento do Câncer
O avanço tecnológico tem transformado o diagnóstico e o tratamento dos cânceres de próstata e colorretal, ampliando as possibilidades de cura e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o segundo mais frequente entre os homens brasileiros, com estimativa de 71.730 novos casos em 2025. Já o câncer colorretal pode atingir 45.630 pessoas no país neste ano. A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura, e novas tecnologias surgem como aliadas no rastreamento e no tratamento dessas doenças.
Entre as inovações estão os biossensores, a nanotecnologia, os pulsos elétricos e a Inteligência Artificial (IA). Um dos avanços mais promissores no tratamento do câncer de próstata é o uso da eletroporação irreversível (IRE), tecnologia que aplica pulsos elétricos diretamente nas células tumorais para destruí-las. Conhecido como NanoKnife, o procedimento minimamente invasivo não utiliza calor ou frio, preservando estruturas sensíveis como os nervos responsáveis pela ereção e a função urinária. A técnica já foi aprovada pela FDA e Anvisa, mas ainda não está disponível no SUS.
Outra frente inovadora está na nanotecnologia, que permite a liberação controlada de medicamentos diretamente no tumor. Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram lipossomas—pequenas cápsulas biodegradáveis—que transportam a droga anticâncer cabazitaxel diretamente para células tumorais. Esse método reduz os efeitos colaterais ao minimizar a exposição de tecidos saudáveis ao medicamento.
Para o câncer colorretal, cientistas do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) desenvolveram biossensores baseados em grafeno, que podem detectar o antígeno carcinoembriônico (CEA) no sangue e na urina. A tecnologia visa proporcionar um diagnóstico precoce e menos invasivo, servindo como complemento à colonoscopia e aumentando a eficácia do rastreamento da doença.
Já a Inteligência Artificial tem se tornado uma ferramenta essencial na análise de biópsias e exames de imagem. A IA pode identificar padrões que indicam a agressividade dos tumores e acelerar a avaliação das amostras, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso. Além disso, auxilia no planejamento de tratamentos personalizados, prevendo respostas terapêuticas com base em análises de dados clínicos.
Com essas inovações, a medicina caminha para abordagens mais eficazes e menos invasivas, aumentando as chances de recuperação dos pacientes e reduzindo os impactos do tratamento. O desafio agora é ampliar o acesso a essas tecnologias, garantindo que elas cheguem a um número maior de pessoas e contribuam para o combate ao câncer de maneira mais eficiente.
Por Redação Brazil Health