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Brasil Lidera Ranking de Dor Crônica: Automedicação e Atraso no Tratamento Pioram o Quadro
No Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, um dado chama atenção: o Brasil lidera o ranking mundial de dor crônica, com taxa de 45,59% da população afetada, segundo estudo publicado no Brazilian Journal of Pain. A média global é de 20,5%. O problema é ainda mais prevalente entre as mulheres e afeta significativamente a qualidade de vida, saúde mental e capacidade produtiva.
Segundo o estudo, a região Centro-Oeste concentra os maiores índices (56,25%), seguida pela região Sudeste (42,2%). Dados de 2023 do Ministério da Saúde apontam que 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos convivem com dores crônicas. O uso de opióides preocupa: 30% recorrem a essas medicações, que apresentam risco de dependência quando usados sem orientação médica.
Cultura da automedicação e atraso no diagnóstico
A automedicação é uma prática comum: 89% dos brasileiros consomem remédios por conta própria, segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Para o ortopedista e especialista em medicina intervencionista da dor, Dr. Brasil Sales, isso contribui para a cronificação da dor. “A dor mal tratada compromete o bem-estar, gera isolamento, depressão e incapacita para o trabalho. O tratamento precoce faz toda a diferença”, alerta.
Avanços no tratamento: menos medicamentos, mais eficácia
Novas tecnologias têm possibilitado o controle da dor sem cirurgia ou medicamentos contínuos. Entre as opções:
. Ondas de choque – pulsos sonoros de alta energia que aceleram a cicatrização e reduzem inflamações, com bons resultados em tendinites e fasceíte plantar.
. Infiltrações articulares – aplicação de corticoides ou ácido hialurônico diretamente nas articulações, aliviando sintomas da artrose.
. Laser de alta potência – promove regeneração celular e alívio da dor, sem efeitos colaterais.
. “O laser estimula a produção de ATP nas células, acelerando a recuperação. É eficaz, seguro e não invasivo”, explica o Dr. Sales.
Impacto social e econômico
A dor crônica afeta o desempenho profissional e pode levar à aposentadoria precoce. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui doenças musculoesqueléticas entre as principais causas de afastamento no trabalho. “Investir em tratamentos modernos é essencial para evitar que o problema se torne incapacitante”, afirma o especialista.
Informação e acesso fazem a diferença
Para mudar esse cenário, é preciso investir em educação em saúde, ampliar o acesso a tratamentos e combater a banalização da dor. “Hoje há soluções eficazes, acessíveis e pouco invasivas. O primeiro passo é procurar ajuda médica. Não é normal viver com dor”, finaliza Dr. Brasil Sales.
Por Redação Brazil Health