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Lesão no Ligamento Cruzado Anterior (LCA): O Pesadelo dos Atletas e Como Prevenir
Rotura do LCA vira vilã recorrente no futebol brasileiro
A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) se tornou um fantasma recorrente nos gramados brasileiros. Até novembro do ano passado, pelo menos 30 jogadores das Séries A e B do Campeonato Brasileiro haviam sofrido a lesão, exigindo cirurgias e longos períodos de reabilitação. A mais recente vítima foi Figueiredo, meio-campista do Palmeiras, que passou pela terceira cirurgia no joelho após se machucar durante a disputa da Libertadores Sub-20.
Segundo um estudo da Revista Brasileira de Ortopedia, o futebol lidera o ranking de lesões no LCA, independentemente do tipo. Os atletas que sofrem essa ruptura perdem, em média, entre 40% e 55% do rendimento esportivo após o retorno, o que reforça a gravidade do problema.
O que é o LCA e como a lesão acontece
O LCA é um dos principais ligamentos do joelho, responsável por controlar movimentos rotacionais e estabilizar a articulação. “A lesão do LCA pode ocorrer de várias maneiras: mudanças bruscas de direção, desaceleração, aterrissagem incorreta após um salto ou contato físico direto com outro jogador”, explica o ortopedista João Grangeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE).
Na maioria dos casos, os sintomas incluem estalo no momento da lesão, dor intensa, inchaço, dificuldade para movimentar o joelho e sensação de instabilidade.
Quem está mais exposto?
Embora seja comum entre atletas, a rotura do LCA também pode acometer pessoas fora do ambiente esportivo. “Pessoas com obesidade mórbida ou que realizam trabalhos com grande esforço físico estão entre os grupos de risco devido à sobrecarga articular”, alerta Grangeiro.
No caso dos esportistas, a cirurgia costuma ser a principal indicação. Para os demais, a decisão sobre o tratamento deve ser individualizada e bem avaliada por um especialista. “O acompanhamento médico é essencial para garantir um diagnóstico preciso, tratamento eficaz e uma reabilitação segura”, conclui o ortopedista.
Por Redação Brazil Health