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Luxação no ombro: o que é, por que acontece e como agir quando o ombro sai do lugar
O “ombro fora do lugar” que levou o atacante Gabriel Taliari, do Juventude, a jogar com dor na estreia do Brasileirão é mais comum do que se imagina — e pode acontecer até em momentos de comemoração. O termo popular refere-se à luxação do ombro, condição em que os ossos da articulação se desencaixam completamente, perdendo o contato entre si.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), a luxação geralmente ocorre após quedas, pancadas ou movimentos bruscos, comuns em esportes de contato. Mas situações curiosas também entram na estatística: nos últimos anos, atletas como o judoca Adil Osmanov e o nadador Rafael Fente-Damers deslocaram o ombro durante comemorações — e até um participante de um game show sofreu a lesão ao vibrar com o prêmio.
Casos em alta no Brasil
Dados do Ministério da Saúde mostram que as ocorrências de luxação no ombro aumentaram 64,7% entre 2021 e 2024, passando de 24.950 casos para 41.113 em 2024. Só em janeiro deste ano, já foram registrados mais de 3.500 atendimentos ambulatoriais.
Dor intensa, inchaço e perda de movimento
Segundo o presidente da SBCOC, Dr. Marcelo Campos, os principais sintomas da luxação incluem:
. dor súbita e intensa
. inchaço e limitação de movimento
. alteração visível na articulação
. dormência ou formigamento no braço e na mão, devido à compressão de nervos
Jamais tente recolocar o ombro sozinho
O especialista alerta que tentar colocar o ombro de volta ao lugar sem orientação médica pode agravar a lesão. “É fundamental imobilizar o braço na posição mais confortável possível e procurar atendimento especializado imediatamente. Forçar o ombro pode causar lesões em ligamentos, vasos e nervos”, explica.
Risco de novas luxações aumenta
Uma vez que a luxação ocorre, a articulação pode se tornar instável, elevando o risco de recorrência. Por isso, o tratamento não termina na emergência:
. a fisioterapia é essencial para fortalecer a musculatura do ombro
. exercícios de controle neuromuscular ajudam na estabilidade
. em casos graves ou de repetição, pode ser necessária cirurgia para reconstrução dos ligamentos
“O acompanhamento com um especialista em ombro e um fisioterapeuta é fundamental para que o paciente — atleta ou não — recupere a mobilidade e evite novas lesões”, finaliza Dr. Marcelo.
Por Redação Brazil Health