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Luxação no Ombro: Por Que Acontece e Como Agir Para uma Recuperação Segura
Quando o ombro “sai do lugar”: entenda a luxação e seus riscos
A expressão “ombro fora do lugar” ganhou destaque na estreia do Campeonato Brasileiro, quando o atacante Gabriel Taliari, do Juventude, marcou dois gols mesmo com o ombro deslocado. O caso chamou atenção para uma lesão comum – e dolorosa: a luxação do ombro.
A luxação acontece quando os ossos da articulação do ombro se desencaixam completamente, perdendo o contato entre si. Pode ser provocada por traumas, quedas, movimentos bruscos ou impactos durante atividades esportivas. Em alguns casos, até comemorações mais eufóricas podem provocar a lesão, como no caso do judoca Adil Osmanov e do nadador Rafael Fente-Damers, que deslocaram o ombro ao celebrar vitórias esportivas.
Casos aumentaram mais de 60% em três anos
De acordo com o Ministério da Saúde, os casos ambulatoriais de luxação no ombro cresceram 64,78% entre 2021 e 2024. Foram 24.950 ocorrências em 2021, passando para 41.113 em 2024. Apenas em janeiro deste ano, 3.553 casos já haviam sido registrados.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Dr. Marcelo Campos, os principais sintomas são:
. dor intensa e imediata
. inchaço
. dificuldade de movimentar o braço
. deformidade visível na articulação
. dormência ou formigamento no braço e na mão
“Esses sintomas ocorrem porque a luxação pode pressionar nervos e vasos sanguíneos da região”, explica o especialista.
Tentar colocar o ombro no lugar sozinho? Nem pensar
Dr. Marcelo Campos alerta que tentar recolocar o ombro sem orientação médica pode agravar a lesão. “O ideal é imobilizar o braço na posição mais confortável possível e procurar atendimento médico o quanto antes. A realocação deve ser feita com técnicas adequadas para evitar danos aos ligamentos e estruturas próximas”, afirma.
Reincidência exige atenção e, em alguns casos, cirurgia
Após o primeiro episódio de luxação, o ombro pode se tornar instável, aumentando o risco de recorrência. Por isso, o tratamento inclui fisioterapia e fortalecimento da musculatura. “Exercícios de controle neuromuscular são fundamentais. Em casos de instabilidade frequente, a cirurgia pode ser indicada”, orienta o presidente da SBCOC.
Com o acompanhamento adequado, é possível recuperar a estabilidade do ombro e voltar com segurança às atividades esportivas e cotidianas.
Por Redação Brazil Health