Otorrinolaringologia
04 de Fevereiro de 2025

2 min de leitura

Atraso na Fala: Quando se Preocupar e Buscar Ajuda?

O atraso na fala é uma das principais preocupações dos pais e está entre os motivos mais frequentes de consultas pediátricas. Embora cada criança tenha seu próprio ritmo de desenvolvimento, especialistas alertam que certos marcos devem ser observados para identificar possíveis sinais de alerta.

De acordo com a Dra. Mônica Elisabeth Simons Guerra, otorrinolaringologista e foniatra da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), é essencial avaliar a audição e outras condições que possam influenciar a linguagem. “Além do teste da orelhinha ao nascimento, é importante reavaliar a criança em outras fases da infância, já que perdas auditivas podem surgir e impactar diretamente o desenvolvimento da fala”, explica.

Fatores como transtorno do desenvolvimento de linguagem (TDL), autismo, alterações cognitivas e falta de estímulo adequado também podem estar associados ao atraso. Os marcos atualizados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e adotados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ajudam a monitorar o desenvolvimento. Segundo esses parâmetros, espera-se que aos 12 meses a criança já balbucie palavras como “mamãe” e “papá”, e que aos dois anos consiga formar frases curtas. Aos três anos, a fala deve ser compreensível para a maioria das pessoas.

Caso esses marcos não sejam atingidos, os pais devem buscar avaliação profissional. “Nem sempre o atraso indica um problema sério, mas identificar precocemente possíveis distúrbios pode evitar dificuldades futuras na escola e na socialização”, reforça a Dra. Vanessa Magosso Franchi, coordenadora do Departamento de Foniatria da ABORL-CCF.

Estimular a comunicação em casa, evitar o uso excessivo de telas e manter um acompanhamento pediátrico são medidas fundamentais para garantir um desenvolvimento saudável da linguagem infantil.

Por Redação Brazil Health

Tags relacionadas: