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Avanço Médico: A Revolução no Diagnóstico e Tratamento das Rinossinusites
A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF) e a Academia Brasileira de Rinologia (ABR) lançaram o “Consenso Rinossinusites: Evidências e Experiências - 2024”, documento que atualiza as diretrizes para diagnóstico e manejo da rinossinusite, conhecida popularmente como sinusite. O material, disponível no portal da ABORL-CCF, foi produzido por 30 especialistas e reflete as melhores práticas internacionais para tratar uma das condições respiratórias mais comuns no mundo.
“O consenso promove um manejo mais racional, preciso e seguro, destacando avanços em tratamentos e priorizando a personalização do cuidado”, explica Fabrizio Romano, presidente da ABORL-CCF.
A rinossinusite, caracterizada por inflamação nos seios paranasais, afeta mais de 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os sintomas incluem obstrução nasal, dor facial, secreção e perda de olfato. O documento categoriza a doença em três tipos principais:
• Rinossinusite Aguda (RSA): sintomas por até 12 semanas.
• Rinossinusite Crônica (RSC): duração superior a 12 semanas.
• Rinossinusite Aguda Bacteriana (RSAB): quadro mais raro, com sintomas intensos ou persistentes.
Principais inovações do consenso
1. Introdução do termo Rinossinusite Aguda Viral Prolongada (RSAVP): para casos de sintomas virais que ultrapassam 10 dias, mas sem piora significativa, evitando o uso desnecessário de antibióticos.
2. Critérios refinados para RSAB: uso de biomarcadores como PCR e VHS em casos duvidosos.
3. Uso racional de antibióticos: recomendação de prescrição apenas para quadros graves ou persistentes, evitando o uso desnecessário.
4. Reforço no uso de lavagens nasais com solução salina: prática considerada eficaz para alívio de sintomas leves, com orientações detalhadas sobre técnica e higiene.
Otávio Piltcher, presidente da ABR, destaca a importância de instruir os pacientes sobre o uso correto das lavagens nasais. “Cuidar da posição da cabeça, da pressão e da higiene dos dispositivos é essencial para evitar complicações e garantir eficácia.”
Por Redação Brazil Health