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Café faz bem à saúde? Veja como a bebida pode beneficiar o cérebro e o coração
Comemorado no dia 14 de abril, o Dia Mundial do Café é uma oportunidade para olhar além do aroma e do sabor da bebida mais consumida no Brasil. Além de espantar o sono, o café pode ter impactos positivos no cérebro e no coração, como apontam estudos recentes e especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Segundo a neurologista Viviane Felici, a cafeína age bloqueando a adenosina, substância ligada à sensação de cansaço, e favorece o estado de alerta e a produção de neurotransmissores como dopamina e norepinefrina. “Há evidências crescentes de que o consumo regular e moderado de café pode reduzir o risco de doenças neurodegenerativas”, afirma. Um estudo da revista Alzheimer’s & Dementia revelou que idosos que ingeriam menos de 200 mg de cafeína por dia tinham o dobro de chance de desenvolver Alzheimer em comparação com os que consumiam mais.
Benefícios cardiovasculares também estão no radar
Do ponto de vista do coração, o café também mostra potencial. “O consumo de até três xícaras por dia pode reduzir a mortalidade por todas as causas em 12%, a cardiovascular em 17% e o risco de AVC em 21%”, afirma o cardiologista Álvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do hospital.
No entanto, os benefícios dependem da dose. A Organização Mundial da Saúde recomenda não ultrapassar 400 mg de cafeína por dia. Exageros podem causar taquicardia, insônia, refluxo e outros efeitos colaterais — principalmente em pessoas com sensibilidade à substância.
Moderação e personalização são essenciais
A sensibilidade individual à cafeína varia conforme a genética, idade e condições de saúde. “Indivíduos com ansiedade, distúrbios do sono, epilepsia ou problemas gástricos devem ter mais cautela, especialmente no consumo à noite”, alerta Viviane Felici.
No Brasil, o consumo per capita gira em torno de 1.430 xícaras por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café. O país segue como o segundo maior consumidor mundial da bebida, o que reforça a importância de entender como ela pode — ou não — ser uma aliada à saúde.
Por Redação Brazil Health