Pediatria
15 de Abril de 2025

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Afogamento infantil: principais causas e cuidados essenciais para prevenir acidentes

O afogamento é a principal causa de morte acidental entre crianças de 1 a 4 anos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). E entre 2010 e 2023, o Ministério da Saúde registrou cerca de 71 mil mortes por afogamento no país. Frente a esse cenário alarmante, especialistas reforçam que prevenir é a melhor forma de proteger.

Para o pediatra Hamilton Robledo, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a supervisão é o primeiro e mais importante cuidado. “Jamais se deve deixar crianças pequenas sozinhas perto de piscinas, lagos, rios ou mesmo baldes e banheiras. A presença ativa de um adulto é insubstituível”, alerta.

Medidas simples que fazem a diferença

Além da vigilância constante, algumas ações podem ajudar a reduzir drasticamente o risco de afogamentos:

  • barreiras de proteção: cercas com travas ao redor de piscinas impedem o acesso de crianças sem supervisão
  • equipamentos de segurança: flutuadores e coletes salva-vidas devem ser adequados à idade e aprovados por órgãos competentes
  • esvaziar banheiras e baldes: mesmo pequenas quantidades de água podem ser perigosas
  • ensinar noções de segurança: oriente as crianças a não correr perto da piscina e a só entrar na água com permissão
  • preparar os responsáveis: babás, familiares e cuidadores devem conhecer primeiros socorros e como agir em emergências

Natação como aliada da prevenção

Outro ponto destacado pelo especialista é o papel da natação. De acordo com a American Medical Association, aulas regulares podem reduzir em até 88% o risco de afogamento entre crianças de 1 a 4 anos. “Além da segurança, a prática traz benefícios para o desenvolvimento físico e emocional das crianças”, explica Robledo. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o início da natação a partir dos 6 meses de idade.

O uso de tecnologias como alarmes de detecção de movimento na água também pode ser um reforço importante. “Esses dispositivos não substituem a supervisão, mas servem como um alerta adicional em caso de acesso indevido à piscina, por exemplo”, destaca o médico.

A mensagem é clara: prevenção, educação e vigilância salvam vidas. Investir em cuidados diários e ensinar desde cedo noções de segurança aquática pode evitar tragédias e garantir momentos de lazer com mais tranquilidade.

Por Redação Brazil Health

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