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Conselhos de Vó Validados pela Ciência: O que Realmente Faz Bem para as Crianças
Quem nunca ouviu um “faz assim que é melhor para o bebê” vindo da avó? Muitas dessas orientações, passadas de geração em geração, hoje ganham respaldo científico. A Dra. Juliana Alves, pediatra e neonatologista especializada em Pediatria Integrativa e Funcional, afirma que a união entre sabedoria popular e evidências médicas pode tornar o cuidado infantil mais completo e eficaz.
Primeiro banho? Espere um pouco
A recomendação de esperar o coto umbilical cair antes do primeiro banho não é apenas tradição. “Essa prática reduz o risco de infecções locais e ajuda o coto a cicatrizar mais rapidamente”, explica a médica. Além disso, a ausência de banhos imediatos preserva a camada protetora da pele do bebê.
Chá de casca de cebola e outros aliados naturais
Entre os remédios caseiros mais comuns, o chá de casca de cebola é um dos que têm comprovação. “Ele possui propriedades anti-inflamatórias e pode aliviar os sintomas da gripe e resfriados de forma natural”, reforça Dra. Juliana.
Pular na água depois de comer? Melhor não
A ideia de evitar mergulhos após as refeições continua válida. “Durante a digestão, o fluxo de sangue se concentra no trato digestivo. Atividades físicas intensas nesse momento podem causar mal-estar e até acidentes”, alerta.
Simples e eficaz: bacia com água no quarto
A tradicional bacia com água no quarto durante dias secos realmente funciona. “Ela ajuda a umidificar o ar e a prevenir o ressecamento das vias respiratórias das crianças”, aponta a pediatra.
Leite nas refeições e o mito da manga
Embora a famosa combinação leite com manga seja inofensiva, o consumo de leite junto às refeições principais merece atenção. “O leite pode prejudicar a absorção de ferro dos alimentos, o que não é indicado, especialmente na infância”, diz.
Fimose: cirurgia ainda é debatida
Outro tema que costuma dividir opiniões é a cirurgia para fimose. “Nos EUA, a Academia Americana de Pediatria recomenda a correção precoce. No Brasil, a indicação é mais individualizada, e deve ser avaliada com o pediatra de acordo com o caso de cada criança”, explica Dra. Juliana.
A médica reforça que integrar saberes antigos ao conhecimento científico fortalece o cuidado com os pequenos. “Os conselhos das avós continuam valiosos — e quando alinhados à ciência, ganham ainda mais força no cuidado infantil”, conclui.
Por Redação Brazil Health