Pneumologia
07 de Fevereiro de 2025

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Coqueluche: Aumento de Casos no Brasil Reforça o Alerta para a Vacinação

Doença respiratória altamente contagiosa pode ser grave em bebês e crianças pequenas.

A coqueluche, infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, voltou a preocupar as autoridades de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, os casos da doença aumentaram 2.702% em 2024 em relação ao ano anterior, impulsionados pela baixa cobertura vacinal e pela perda de imunidade ao longo dos anos.

O pneumologista Valter Eduardo Kusnir, da Santa Casa de Mauá, destaca que a coqueluche é uma doença cíclica e altamente transmissível. “A melhor forma de prevenção é a vacinação, que protege contra os sintomas mais graves e reduz a transmissão. Mesmo quem já foi imunizado pode contrair a doença, mas com manifestações mais leves, semelhantes a uma gripe”, explica.

A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Bebês até seis meses estão entre os mais vulneráveis, pois ainda não receberam todas as doses da vacina e podem desenvolver complicações graves, como parada respiratória e pneumonia.

Os sintomas da coqueluche evoluem em três fases:

. Fase inicial – semelhante a um resfriado, com febre, coriza e tosse leve;
. Fase paroxística – tosse intensa, seca e incontrolável, podendo causar falta de ar e vômito;
. Fase de recuperação – tosse diminui gradativamente, mas pode persistir por semanas.

O diagnóstico pode incluir exames laboratoriais como PCR, hemograma e radiografia de tórax. O tratamento, quando iniciado precocemente, reduz o risco de complicações. Para bebês e crianças pequenas, a hospitalização pode ser necessária.

O especialista reforça a importância da vacinação de gestantes. “A imunização durante a gravidez permite a passagem de anticorpos para o bebê, protegendo-o nos primeiros meses de vida”, destaca Kusnir.

A vacina contra coqueluche faz parte do calendário vacinal infantil e está disponível no SUS. A adesão à vacinação é essencial para evitar surtos e proteger os mais vulneráveis.

Por Redação Brazil Health

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