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Assédio no Carnaval: Como Superar o Trauma e Onde Buscar Apoio
O Carnaval é sinônimo de festa, liberdade e diversão, mas também pode trazer desafios como o assédio, uma realidade que muitas pessoas enfrentam durante a folia. Situações de desrespeito, invasão de espaço e toques não consentidos podem deixar marcas emocionais, comprometendo a autoestima e a sensação de segurança.
A professora de psicologia Talita Rocha alerta que o impacto psicológico do assédio pode ser grave, levando a ansiedade, depressão e até estresse pós-traumático. “Muitas vítimas sentem culpa ou vergonha, mas é essencial reforçar que a responsabilidade nunca é delas”, explica. Segundo a especialista, buscar apoio é um passo fundamental para superar o trauma.
5 passos para lidar com o assédio e se proteger:
Reagir e procurar um local seguro
Manter a calma pode ser difícil, mas é importante reconhecer a gravidade da situação e, se possível, denunciar imediatamente. “Relatar o ocorrido para amigos, seguranças ou autoridades ajuda a garantir proteção e a impedir que o agressor siga impune”, orienta Rocha.
Receber e oferecer acolhimento
Para quem sofre assédio, contar com apoio empático é essencial. “Ouvir sem julgamentos e reforçar que a vítima não está sozinha pode ser transformador”, explica. A busca por ajuda psicológica ou jurídica também deve ser incentivada.
Reconstruir a autoestima e enfrentar o medo
O receio de novas situações pode levar ao isolamento social, mas existem estratégias para recuperar a confiança. “Participar de atividades prazerosas, contar com apoio emocional e até aprender técnicas de autodefesa são maneiras de resgatar o bem-estar”, sugere Rocha.
Medidas práticas para um Carnaval seguro
“Definir seus limites, manter-se atenta ao ambiente e afastar-se ao menor sinal de desconforto são atitudes essenciais”, recomenda a especialista. Pausas para cuidar da saúde mental e estar cercada por amigos também trazem mais segurança.
Denunciar: um passo para a superação
Relatar o assédio é uma forma de impedir novos casos e de buscar justiça. Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher são o canal correto para registrar ocorrências. “A denúncia não é só um ato de justiça, mas também um caminho para a recuperação emocional”, finaliza Rocha.
O Carnaval deve ser um espaço de liberdade, e ninguém deve se sentir ameaçado ao celebrar. Informação, apoio e segurança são os melhores aliados para transformar a festa em uma experiência positiva para todos.
Por Redação Brazil Health