Psicologia
04 de Fevereiro de 2025

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Dor da Rejeição: Como Ela Afeta Sua Vida e Pode Bloquear Sua Prosperidade

A rejeição é uma das feridas emocionais mais profundas e pode influenciar desde os relacionamentos até a vida profissional. Segundo a psicanalista Ana Lisboa, essa dor pode ter início ainda no útero, quando a mãe enfrenta dificuldades emocionais, financeiras ou vícios. Pesquisas neurocientíficas apontam que essas experiências deixam marcas no sistema límbico do feto, afetando sua autoestima e percepção do mundo.

Durante a infância, principalmente entre 0 e 5 anos, essa ferida pode se intensificar. “Quando a mãe critica, rejeita ou compara a criança com outras pessoas, a sensação de nunca ser boa o suficiente se torna um padrão emocional que se estende para a vida adulta”, explica Lisboa. Mulheres são especialmente vulneráveis a esse processo por conta da identificação intensa com o modelo materno.

Na prática, isso pode levar à busca incessante por aprovação. Muitas mulheres evitam expressar suas necessidades, assumem papéis de “boazinhas” e, mesmo quando conquistam algo, sentem que não foi suficiente. “Elas podem desenvolver uma baixa autoestima, dependência emocional e até autossabotagem, como desistir de projetos antes de finalizá-los”, observa a psicanalista.

Além dos impactos emocionais, essa ferida pode afetar o sucesso profissional e financeiro. Lisboa explica que muitas mulheres sentem dificuldade em cobrar pelo seu trabalho ou acreditar que merecem prosperar. “Elas desenvolvem a sensação de que precisam provar constantemente seu valor, o que cria barreiras para o crescimento pessoal e econômico”, afirma.

A superação desse padrão exige um processo de autorreflexão e cura emocional. O primeiro passo é reconhecer a dor e entender que os traumas não foram intencionais. “Resgatar o vínculo interrompido com a mãe e desenvolver uma nova relação consigo mesma pode ser libertador”, diz Lisboa. Com esse movimento interno, é possível transformar a rejeição em autoconfiança, destravando não apenas a vida emocional, mas também as oportunidades de crescimento e realização.

Por Redação Brazil Health

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