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Vício em Apostas: Como identificar e Tratar o Transtorno do Jogo
Especialista explica sinais da dependência e estratégias para retomar o controle financeiro e emocional.
O crescimento das apostas esportivas e cassinos online no Brasil trouxe um alerta preocupante: o aumento dos casos de Transtorno do Jogo, também conhecido como Ludopatia. Segundo o Ministério da Saúde, até 1,5% da população brasileira pode sofrer com o vício em apostas, um número que só fica atrás da dependência por álcool e tabaco.
De acordo com o psicólogo Cristiano Costa, diretor de conhecimento da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo), o problema começa quando o apostador perde o controle financeiro e emocional. “Muitos entram nas apostas para resolver problemas financeiros ou conquistar um desejo imediato, mas acabam comprometendo mais do que podem perder”, explica.
Sinais de alerta para o vício em apostas:
. Pensar constantemente no jogo
. Aumentar o valor das apostas para compensar perdas
. Mentir sobre o tempo e dinheiro gastos com apostas
. Problemas nos relacionamentos ou na vida profissional
. Dificuldade em parar, mesmo enfrentando prejuízos financeiros
Como superar o transtorno do jogo?
O especialista recomenda algumas estratégias para recuperar o equilíbrio:
. Autocontrole na plataforma – Sites regulamentados oferecem limites de tempo e dinheiro para evitar excessos.
. Psicoeducação – Programas de conscientização ajudam a entender os riscos emocionais e financeiros do jogo.
. Grupos de apoio – Compartilhar experiências com outros afetados pode ser um suporte essencial.
. Diversificação de interesses – Apostadores devem explorar novos hobbies e formas saudáveis de entretenimento.
. Psicoterapia – Acompanhamento profissional é fundamental para modificar padrões inconscientes de compulsão.
Ludopatia não é falha de caráter
O psicólogo enfatiza a necessidade de tratar o problema com empatia e sem julgamentos. “No Brasil, quem sofre com compulsões ainda é tratado como se tivesse um problema de caráter. Mas vício em apostas, assim como em álcool, compras ou comida, é um transtorno sério, e pedir ajuda é um ato de coragem”, conclui Costa.
Por Redação Brazil Health