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Maio Cinza: Radioterapia é Essencial no Tratamento de Tumores Cerebrais e Metástases
Durante o Maio Cinza, campanha de conscientização sobre os tumores cerebrais, a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) reforça a importância da radioterapia como aliada fundamental no tratamento de tumores do sistema nervoso central (SNC). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esses tumores representam cerca de 4% de todos os casos de câncer no Brasil, com mais de 11 mil novos diagnósticos previstos para 2025.
Controle e qualidade de vida
Segundo o radio-oncologista Gustavo Nader Marta, presidente da SBRT, a radioterapia é eficaz tanto em tumores primários quanto nas metástases cerebrais, que ocorrem em até 40% dos pacientes com câncer, especialmente nos casos de pulmão, mama e melanoma. “A técnica contribui para o controle da doença, alívio dos sintomas neurológicos e melhoria da qualidade de vida, principalmente quando a cirurgia não é viável ou como complemento após a remoção do tumor”, afirma.
Radiocirurgia estereotáxica é destaque
Nos casos de metástases pequenas (até 3 cm), a radiocirurgia estereotáxica — realizada em dose única e com precisão milimétrica — é considerada a técnica ideal, pois poupa o tecido cerebral saudável ao redor. Para tumores maiores ou que causam pressão intracraniana, a cirurgia pode ser o primeiro passo, seguida de radioterapia complementar.
“Quando há muitas lesões, podemos considerar radioterapia em todo o cérebro, eventualmente associada a medicamentos que atravessam a barreira hematoencefálica”, explica Marta.
Sinais que exigem atenção
Os sintomas de tumores cerebrais são frequentemente confundidos com outras doenças neurológicas, o que atrasa o diagnóstico. Entre os sinais mais comuns estão:
. dor de cabeça persistente e intensa
. convulsões em pessoas sem histórico
. perda de força ou sensibilidade
. alterações no comportamento
. formigamento, tontura, náuseas e vômitos
. perda de apetite e apatia
Diagnóstico e conduta multidisciplinar
O diagnóstico geralmente começa com exame clínico e neurológico, seguido por tomografia ou ressonância magnética. A confirmação vem por meio de biópsia, que além de identificar o tipo do tumor, orienta o melhor protocolo terapêutico. “Cada caso deve ser discutido por uma equipe multidisciplinar para definir o tratamento mais adequado”, reforça Marta.
Com a evolução das técnicas e o papel central da radioterapia, os pacientes com tumores cerebrais, inclusive os metastáticos, passam a ter melhores chances de controle da doença e mais qualidade de vida.
Por Redação Brazil Health